COZINHANDO CAMARÃO
Por Olavo Nascimento (07/01/2019
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Este caso tão mal explicado,
Da cozinheira e do camarão,
Só dá certo quando petisco,
O crustáceo é uma sensação,
Tanto na panela como frito,
No banquete ou no barracão.


A cozinheira zela o seu nome,
Com quitutes e lindos pratos,
Pra matar a fome que aperta,
Sua fama e bom gosto é fato,
Pelo camarão que se prepara,
Que desperta o faro do gato.


O cheiro do crustáceo no fogo
Com base em azeite temperado
Deixou todos com água na boca
Mas foi da cozinheira o agrado
Que mais chamou a sua atenção
Para um apetite tão aguardado.  


A cozinheira mostrava os dotes
De suas curvas cheias de pecado
Quando se mexia batendo colher
Fazendo daquele almoço pescado
A vontade de comer outra coisa
Mais gostosa que aquele coitado.


Ela passava com a bandeja cheia
De camarões frescos e estalando
Prontinhos pra serem devorados
Mas o que todos estavam mirando 
Era pra outro prato mais gostoso
Que abria apetites lhe desejando.


Uma confusão ficou logo formada
Pela preferência a ser consumida
Apesar do cheiro bom do camarão
A cozinheira não lhes deu guarida
Dispensando sorrindo as cantadas
Por não estar ali para ser comida.


O jeito então foi lamber os beiços
Do óleo quente que o bicho deixou
Trazendo a mulata pra imaginação

Sonhando com longa noite de amor
Que ela poderia ter proporcionado 
Para cada tarado que na mão ficou. 


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Abraços.
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Interações (meus agradecimentos):


08/01/19 00:03 - Luciênio Lindoso
Com camarão, comum só o cheiro
A cozinheira mudou o tempero
As mulheres serviu primeiro
E aos homens, por derradeiro
O "prato" que eles queriam
Quem comeu foi o cozinheiro.  
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POETA OLAVO
Enviado por POETA OLAVO em 07/01/2019
Reeditado em 11/01/2019
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