O MUNDO É PARA OS QUE NÃO QUEREM O MAL!
Se a democracia é o poder do povo,
O povo nunca chegou ao poder.
Apesar de ser o montante total
No jogo político vive a perder.
Uma minoria entre as demais,
Vira maioria nos novos anais
Passando o poder àquele que vencer.
Nem a ditadura com as suas sombras
Assombra o sonho de quem já sonhou.
Com a liberdade incrustada nas unhas
Comungamos juntos o senso do amor.
Direitos iguais a todos e todas!
A cada cem anos celebrando bodas
Do dever cumprido de trabalhador.
Somente o princípio da maioria
Não deve agora ser considerado.
Quem vence deve governar para todos
Com leis e políticas pros discriminados.
Seja por raça, cor, religião,
Classe social ou por opinião
Ninguém deverá ser diferenciado.
Quem é diferente sofre preconceito.
Quem vive distante é um anormal.
Quem come o fruto do qual é igual
É assassinado por ser imoral.
A força que tem uma minoria
Para acabar com esta covardia
É unir-se e tornar-se uma maioral.
Os índios com direito à sua terra
E os negros com um trabalho bem lega:l
Contrato, carteira e plano de saúde
Para os quilombolas e pro povo em geral.
No Brasil querido e no mundo afora,
Os esquecidos e os que vêm lá de fora
Recebem tratamento especial.
Sonhamos com um Brasil mais ordeiro
Com o povo lutando pelo seu progresso,
Independente dos ditos políticos,
Pra termos direitos e termos acesso,
Não só a benefícios sociais,
Mas à dignidade e bens culturais,
Senão só teremos mais um retrocesso.
Cumpra seu dever para exigir direitos
Mesmo sendo leigo nas causas legais.
Juízes sem vendas burlam a justiça,
Arrotam na mídia que são maiorais.
Comemos com os olhos, lambemos com a testa,
Nem somos penetras dentro dessa festa
Armada nos meios pré-judiciais.
Gozar os direitos é o que precisamos
Está no inciso constitucional
Sem distinção viva a sua vida
Aceite que todo mundo é igual
Mesmo diferentes de faces e bolsos
Lugares falares e múltiplos gozos
O mundo é para os que não querem o mal!
Jotacê Freitas – Salvador, 23 de dezembro de 2018.