FUXICO MEU
Conhecido ditado popular
que aqui se faz aqui se paga
pra quem tudo de si esquece
e do próximo tudo propaga
sem medir consequências das fofocas
que depois de contadas apaga
sem mostrar nenhum ressentimento
daquele que todo dia lhe afaga
falta de um bom livro pra leitura
de um pouco mais de informação
língua cumprida e solta das esquinas
fazendo todo tipo de especulação
passado sujo que nem pau de galinheiro
capaz até da mãe fazer difamação
compartilhar baixarias seu ponto forte
pra tudo que seja apenas suposição
sabe de cor do tataravô ao tataraneto
ofuscando sua qualidade de maldizente
leva e traz do que não a seu respeito
ao que é construtivo se faz indiferente
jornal da manhã na roda de amigos
frustra-se do atraso da notícia quente
vasculha até encontrar na vida alheia
semelhanças do que faz quase frequente
geralmente burras que nem portas
embora licenciado mexeriqueiro
terço na mão conhecido rato de igreja
de cima a baixo olhar sempre arteiro
procura refinada de simples defeito
de seus iguais todo alcoviteiro
feliz daquele que não tiver um tipo
santo de frente por trás um fuxiqueiro