AOS CAPETA DOS " SANTOS HÔME"
Aqui neste breve cordel
Eu quero é apenas narrá
Os fatos dos acontecido…
Difícil é de se acreditá!
Dos homê a par com o capeta
Que riscam os céus quar cometa...
Milagre móde a oferecê
A tanta gente a sofrê
Se faz por "santo hôme" passá
Mas traz dentro do seu coração
Mardade só pra enganá o povão:
O de cá e... de todo o mundão!
Bão povo que aplaude de pé…
A enganação da sua fé!
Reconto sem inventá nem um ponto
O que o jornal já contô…
E a todo o mundão assustô,
Só mode fazer meu papel
De descrever o terror
Do santo que vinha do céu
À gente que acreditava
Poder curar sua dor
E que nem de longe pensava
Tratar-se dum santo taradô!
Num mundo prá lá de esquisito
Már visto quar local decadente,
Havia lá tanto hôme bandido…
Lidando com a fé das boa gente
E inté aos hôme bem precavido
Se fazia lá uma santa corrente
Promessa do ser bem ungido
Pra mode curar os doentes.
E povo gritava louvor…
A quem manipulava sua dor.
Doença deste mundão bem afora…
Difícil até de se catalogar!
É tanta doença em desordem
Impossível é de se curar...
Com tanta mão da desonra
Pra mode só o povo furtar…
Desde os fárso ser politiqueiro
Inté os fárso dos ser milagreiro…
É fárso santo pra todos os lado!
Canonizado ao cuidado
Dos tanto capeta ilustrado...
Das fé toda já bem malandrada
Por toda Nação dissipada,
De grana já bem desviada
Pros Capetas fazê é muita farra…
E o povo aplaudindo de pé…
A enganação da sua fé!
Os homê a par com o capeta
Programa muita das enganação
Comos bolso cheio é de milhão!
Dinheiro no altar e na cueca
Só muda é os palcos das festas...
Dos danos todos negados
Pagando só bom advogado!
Dotô em boa mutreta
Chegado de todo o planeta!
De gente que se diplomô
Que nunca um livro herdô!
Mas que para ser “santo” ….estudô:
Em compêndio já bem publicado…
Ao povo todinho lesado:
De como se pode roubar
O tudo só a se manipular!
E povo a aclamar bem contente…
Os capeta consumindo as gentes…
História pra lá de macabra…
Daquelas de se arrepiá
De inté mermo os capeta espantá!
Eu deixo tudo bem avisadinho
Meu verso dependuro em livrinho
Nas linhas dum breve cordel:
Cuidado com fársos Papai Noel!
Aqueles que bem de mansinho…
Só querem é o seu dinheirinho
No saco pra mode espaiá
Desgraça em todo lugar.
Cabresto é pra todo dos lado
Trenó tem o povo enlaçado...
Suado e bem manipulado
De tudo cada vez mais faminto
Roubado de todo sentido.
E o povo a sempre escolher...
O capeta para o seu todo sofrer.
Porque o trabáio que é bom
Malandro nem passa por perto
Melhor é ser um cabra esperto
Um santo já bem endeusado
Pau- oco bem deteriorado,
Capeta bem transfigurado!
A dar sua farsa aos coitado
Pra mode poder espreguiçar
E só no bem bom se deitar
Pra vida bem boa levar.
E povo ungindo com fé…
Tantos santos que já deram no pé!
Aos capetas dos homê marvado
Lhes deixo em Cordel o meu recado:
Inté aos homê já bem diplomados
Já desmascarados em questão:
O bem é um direito acertado
Justiça é o bem delegado...
Inté para os cabra safados!
Mas num tenho um tiquinho de dó
Dos que nos lesaram sem dó!
Merecem todos é um bom… xilindró!
O sol a nascer bem quadrado
Do alto dos altar dos safados
Pra mode dividir suas tretas
No inferno lá com os seus capetas.
E o mundo já comemorando…
Na falência de tantos enganos:
A rendição dos profanos.