O MEU RIMANCEIRO (QUE VIVA O CORDEL!) * Da pluralidade
No reino do faz de conta,
a identidade é plural:
contradição ou afronta
é condição natural.
Há um reizinho qualquer,
se é reino tem de ter rei,
ora homem, ora mulher,
a pluralidade é Lei.
Ser isto ou o seu contrário,
ser avesso ou ser direito,
tudo consta do inventário
onde se almeja o perfeito.
Ser diverso ou ser afim,
géneros em profusão!
Que louvar a Deus sem fim
desta plural criação.
Do diverso ao semelhante,
do que viste ao que não viste,
tudo o que existe garante
que é criação, logo existe.
Tudo o mais é preconceito,
porquês da Filosofia
porque ignora o Direito
de existir da pandemia.
Não há por que haver porquê.
Seja o que à Vida aprouver!
E no fim, logo se vê!
Que seja o que Deus quiser!
José-Augusto de Carvalho
8 de Dezembro de 2018.
Alentejo * Portugal