O MATUTO, A TROMBETA E O CAPETA
Tô aqui pra contá a ocês
Um causo ruim de falá
Que conta das história már feita
Das coisa que inté o capeta!
Não consegue mais aguentá
Causa de quê um matuto
De vistas pra lá de matreira
Está sempre bem a observá!
Eu conto que era feriado
Daqueles muito bem esticado
Pra móde o povo durmir
Pra toda vida sumí
Pras dor se bem menos sentÍ;
Coisa pra mode esquecê
O duro de se perecê.
Do povo já bem preocupado
A vivê do sumido trabaio
Que aqui deixô de existí...
Por causa das coisa desfeita
Desmonte dos tanto capeta
Surgidos da urna …a geri
O tudo goela a engoli.
Enquanto se procurava dotô
Pro tudo que aqui nos fartô
Socorro tão dificurtado…
Às doença já pra todo lado;
Matuto estava de óios
Aberto bem arregalado
Pras coisa lá do Senado.
Na calada do tár feriado
Adonde se tinha um safado
Que nada ao seu povo mostrô…
Queria era saí bem limpinho
Sem se molhar num pinguinho
Da ducha do nobre dotô
Que não perdoou quem levou!
A quem tanta mão já molhô.
O tar do cabra em questão
Em meio ao feriadão
Chamô logo em convocação
O time lá dos arretado
Levava um projeto orquestrado...
À casa do nobre Senado;
Chamou sempre com muita fé
O time inté dos coroné!
Pra mode resolvê sua questão:
Retrocedê toda lei
Àquele que meteu sua mão
No bolso do já pelado povão,
Que inté nem compra mais pão!
Boa lei: a do xilidró
Aos que nos lesô sem ter dó!
Matuto seus óião arregalô!
E logo intão matutô:
Rasgar a lei dos ficha limpa?
Depois de tanto suor
Das tantas das assinatura
Que o próprio povão assinô!
E que em santa lei transformô
O dano de quem no lesô:
Safado intão seria cassado…
Porque não se comportô!
A justa professada sentença
Depois de tanta sofrência…
Era tantos capeta incrustrado
Levando o tudo de sagrado
Que o povo lhes confiô.
O dinheiro nas cueca sumiu…
Em meio ao que nos destruiu.
Nas borsas, nas meias em questão,
Nas carcinha das corrupção.
Nos houve até outro causo
Em pleno tempo de fel…
Dum tár de Papai -Noel
Sem nunca cumprir seu papel,
Que em tempo de Natal arretado
Gastou todo dinheiro suado
Do povo sempre em questão
Em panetone frutado!
Pras mesa dos amigão.
Dinheiro tanto desperdiçado
Inté dentro dos avião,
Afora o da mala contada
Na matéria da televisão…
Tinha inté milhão empilhado
No quarto do comilão...
Famía que levava unida
Pra mode encher sua barriga!
Matuto tava é inconformado…
E o povo? Todo em oração.
Em meio ao que acontecia
Parecia inté profecia…
Intão o matuto acordô!
E ao seu povão conclamô:
-Despertem do feriado
Capeta é o cabra safado!
Que pede que conduta imunda…
Se limpe de toda ficha suja!
Parecia era até pesadelo
Em meio a tanto desespero
Exterminá a ficha limpa?!
Parecia ao dêmo comida,
Pra mode continuá o destempero
Da farra até ali bem supimpa!
Que nem com milagre se limpa
Talvez com oração ao desterro…
Intão ele deu seu sinal
Matuto foi na rede social!
Falô como nunca igual…
Dantes se viu por aqui
Nem pelas bandas de cá
Tampouco pelas farras de lá:
Matou foi é a cobra com pau…
Proeza... era vista como tal.
Todinho povão a reclamá
Pra mode o capeta acalmá…
Contô a história que conto
Ali, sem negar nem um ponto
Pra móde matá o capeta
Matuto soou sua trombeta.
O coisa ruim estrebuchô
Na hora que povão acordô!
Mermo no feriado esticado
Matuto bem sábio explicô:
“quando o povo fica enfeitiçado,
o todo sempre é bem enganado”….
Tár pedido intão foi retirado
Pelas mãos de quem foi gerado
Do nobre em questão do Senado:
Que logo arquivou seu pedido
Aquele que num fazia sentido…
Matuto respirô aliviado
Pelo sacro serviço prestado
Ao seu povo de bom coração
Que bem dorme no feriadão...
Quarse que a boa lei foi matada
De morte pra lá de suada…
Morrida de ficha suja e enterrada
Sem ter por Direito mais nada.
A história em questão se acabô.
Capeta intão se mandô
E ao povo nunca mais enganô:
No fogo da sua ficha tão suja….
Queimô sua saga imunda,
E das profundeza do inferno
Ninguém nunca mais viu seu ferro!
Nem mais se ouviu o seu berro…