Sertão

Veja lá no horizonte

Um sertão a tremular

Lugar de sólo arenoso

Uma seca sem cessar

De um povo Bravo é forte

Que não teme nem a morte

Sobra coragem pra lutar

A caatinga retorcida

Num barro quente sem dó

O cacto mostra os espinhos

Com flores ao seu redor

São vidas que lá resiste

Que se moldam ao jeito seu

Tão forte feito uma rocha

É agradecendo pela sorte

A vida que Deus lhe deu

Um sol vermelho e bem quente

Como o calor desse povo

Que ama essa terra forte

Mesmo com o que a pele sente

No rosto as marcas da vida

Forjada com a própria sorte

No peito uma esperança

Ver brotando desse chão

É florescer para todos

Fartura no meu sertão.

Do verde só a saudade

A terra o sol já secou

De fome os animais morrem

Da seca que torturou

O sertanejo so lhe resta

E lutar pelo seu pão

Que ainda não chegou

Com suas mãos calejadas

resiste ao tempo e a fome

Na luta de todo dia

A fraqueza lhe consome

Mais o sertanejo forte

Enfrenta até a morte

Sem largar o seu torrão

E por mais que ele sofra

A mercê da própria sorte

nunca deixa seu sertao

Luis silva
Enviado por Luis silva em 06/11/2018
Reeditado em 31/01/2019
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