Branquinha -no cordel sem ser cordel
Branquinha
maria da graça almeida
Sou aquosa e incolor,
finjo ser inofensiva,
trago forte o sabor
e no efeito sou ativa.
Que ameaça com alarde,
do engenho, sou a "cana".
Encorajo os covardes
e eles metem-se à bacana.
Ébria, eterna, eu barganho
o inteiro pelo meio.
Os caminhos eu estranho
e as mentes incendeio.
Sou no mundo a má semente
e do vício, o lado quente.
Sou nascida pra que aclame
quem nasceu para o vexame.