MINHA AVÓ ZULMIRA
Meus parabéns D. Zulmira,
Pela sua admirável conduta,
História que a gente admira
Por tanta fé trabalho e luta,
E hoje de um céu de brilhos,
Emana luz para os teus filhos,
Aqui nesta terra ainda bruta.
Muita linda foi sua história!
Muito trabalho e dedicação,
Ficou gravado na memória,
E no fundo de cada coração,
Excelente os teus exemplos,
Para as famílias e os templos,
Trabalho, amor, paz e união!
Era uma jovem muito nova,
Com uma desafiadora missão,
Fazer na sua vida uma prova,
De obediência e abnegação,
Casar com o ex cunhado José,
E ser uma esposa boa e de fé,
Nos ditames da comunhão.
O esposo José tinha três filhos,
Era a Didi o Abel e o Joaquim,
Más não apagou os teus brilhos,
Uma parte da prova era assim,
E bem na outra parte da prova,
Teria que ser uma viúva nova,
Sem uma casa, e sem jardim.
Mas a Didi o Abel e o Joaquim
Eram os teus filhos sobrinhos
Que tiveram que seguir assim
Unidos nos mesmos caminhos,
Mas todos eram tão queridos,
Pois jamais foram esquecidos,
Nem nunca ficaram sozinhos.
Muitos filhos nesta sua família,
Além destes três teve mais dez,
Más na mesa todos na partilha,
Após trabalhar e ganhar os réis,
Na casa, no curral e nos roçados
Com enxadas, foices, machados,
Nas roças de capim dos coronéis.
Seu esposo José Augusto partiu,
Para morar com Jesus lá no céu,
Más a sua esperança não sumiu,
Levantou a cabeça pôs o chapéu,
Dona Zulmira era uma guerreira,
Trabalhava em casa e lá na feira,
Lutava executando o seu papel.
Tinha filhos para duas famílias,
Passou por dificuldades e lutas,
Tempos de crises e de guerrilhas,
Más ela não deixou as disputas,
Esta guerreira Zulmira foi capaz,
De vencer tudo com muita paz,
Com muita dignidade e labutas.
Depois que morou lá na roça,
Mudou se logo para a cidade,
Não tinha sequer uma palhoça,
Más tinha muita fé e vontade,
E pilotando um fogão de brasa,
Conseguiu construir a sua casa,
Com muito trabalho e verdade.
Dona Zulmira foi barraqueira,
Barraca bem limpa, sem ratos
Era a melhor barraca da feira,
Muita limpeza naqueles pratos,
Servia muita carne na feijoada,
E aquela tão deliciosa buchada,
Que nem sobrava para os gatos.
Ela também tinha uma pensão,
Na avenida na velha rodagem,
Tratava fregueses com atenção,
Tinha a comida e a hospedagem,
E fazia também linguiça e bolo,
Era muito trabalho, era um rolo,
Por tudo isto, esta homenagem!
Homenageamos pela sua história,
E pela maravilhosa descendência,
Que guardará sempre na memória,
Com muitas saudades e reverencia,
São tantos filhos netos e bisnetos,
Além de mais uns dez tetranetos,
Para uma abençoada convivência.
Agora vamos nos descontrair
Com esta simples brincadeira,
Poderemos comentar e curtir,
A herança rica desta guerreira,
Que são os teus filhos queridos,
Que ganharam tantos apelidos,
Más nunca marcaram bobeira.
Nomes e apelidos com carinho,
Para escrever em cada coração,
Pedimos a Osvaldo ou Valdinho
Para trazer papel e um Canetão,
E o tempero da Hildete ou Urida,
Fazendo aquela deliciosa comida,
Para todos nesta bela comunhão.
Ivanilde ou Biu foi para o Céu,
Más deixou Briva em seu lugar,
Que cumpriu bem o seu papel,
Ajudando nos trabalhos do lar,
Da nossa querida Zulmira rosa!
Que também silenciou a prosa!
E que partiu para no céu morar.
Bemvindo era só paz e alegria,
E de Tota o apelidaram assim
Didi ou Dei é a mesma Maria,
E quinkas ou Pad é o Joaquim,
E o tio Abel não tinha apelido,
Más sempre foi muito querido,
Por todos e também por mim.
Atides é o nome correto de Lô
Más o nome de Inácio é Juracy
Cindalva era branca como a cor
O apelido mais fácil de deduzir
Más Zilda é apelidada de zeola,
Para nós também foi a tia dola,
No tempo que a gente era guri.
Valdivino, vinim Tito, nenza, Titim,
Talvez é o que tem mais apelidos,
Eduardo bêga, bego ou o beguim,
E todos sempre foram tão unidos,
Família unida que tantos admira,
Graças a José Augusto e Zulmira,
Que por Deus foram escolhidos!