SAUDADE

Ontem visitei meu passado:

O alpendre abraçava o casarão,

As lembranças na memória se achegando,

Vi a casa da infância no sertão.

Marejados os meus olhos se faziam,

Coração batendo forte sem parar,

Minha infância dentro dela repousava

E cedinho no terreiro a brincar.

O vazio que hoje habita meu passado,

Sem cama, sem mesa, sem jantar!

Sem ninguém lá dentro dela cochichando,

O barulho do silencio a ecoar.

Minha vó que tantas coisas lá fazia...

Meu avô não é mais dono do lugar.

Que saudade dos meus tempos de criança!

Vim as lagrimas, o soluço o chorar.

Gusmão Cavalcante
Enviado por Gusmão Cavalcante em 16/10/2018
Reeditado em 22/10/2018
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