SAUDADE
Ontem visitei meu passado:
O alpendre abraçava o casarão,
As lembranças na memória se achegando,
Vi a casa da infância no sertão.
Marejados os meus olhos se faziam,
Coração batendo forte sem parar,
Minha infância dentro dela repousava
E cedinho no terreiro a brincar.
O vazio que hoje habita meu passado,
Sem cama, sem mesa, sem jantar!
Sem ninguém lá dentro dela cochichando,
O barulho do silencio a ecoar.
Minha vó que tantas coisas lá fazia...
Meu avô não é mais dono do lugar.
Que saudade dos meus tempos de criança!
Vim as lagrimas, o soluço o chorar.