SEM TITULO XXX
SEM TITULO
Nunca disse: Sou poetisa!
Rabisco somente o que penso
Um ser que a versos é propenso
Visto pelo avesso a camisa
Escrevo de forma imprecisa
Talvez um tanto genérica
Não respeito a tal métrica
Penso e me atrevo
Me atrevo e escrevo
Não me retraio na réplica
Quando sentimentos afloram
Dessas paixões desmedidas
Palavras por Deus concedidas
No cais do meu peito ancoram
Fazendo sorrir os que choram
Se minha rima é escalafobética
Posso ser às vezes patética
Certeza só mesmo o que tenho
Que na escrita me empenho
Não me retraio na tréplica
Sendo assim sou valente
Não me retraio e faço
Mesmo com todo embaraço
Escrevo pra toda essa gente
Compondo aqui meu repente
Na real ou na cibernética
Jamais serei cética
Sigo cantando meu canto
Meus defeitos decanto
Afinal sou demais eclética!