AUSÊNCIA

Por Gecílio Souza

Saudade é chicote que açoita

Sem sentimento de pena

Se vai embora logo volta

À angústia nos condena

A paz da alma se esgota

O nível da vida se empena

E a alegria vira lorota

Sorriso não é mais que cena

O coração dá cambalhota

Ao me lembrar da pequena

Me lança ao fundo da grota

Onde o rubro éros se drena

E a esperança quase morta

Por esta afetiva gangrena

Já com a auto-estima torta

Alcanço uma flor de açucena

E meu espírito a ti devota

Minha bela deusa morena

Não me imponha tal derrota

O seu ser ao meu se acena

Vamos pela mesma porta

E a nossa vida será plena!

Oiliceg
Enviado por Oiliceg em 27/09/2018
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