A MORTE DA POESIA

A morte da poesia

Quem é o poeta, quem é a poesia

O poeta é aquele que faz a poesia

Ou aquele que é feito por ela

Seria ele um encantador poético

Ou vive encantado por tão belas palavras

que saem de sua boca

Não sei a resposta

Sei apenas que sinto sua falta da poesia e do poeta

Quem estará morrendo, a poesia ou o poeta

Não sei a resposta

Tudo que sei, é que estão matando sua poesia

Com isso, calando um coração, destruindo a sensibilidade

E deixando apenas saudades

Deixa eu ver se sei falar da poesia, vou tentar

A poesia não é composta apenas palavras e rimas

Ela é também feita de amor, e de paz

Elas fazem lágrimas serem derramadas, une pessoas

Acalma um coração cansado

Com a poesia eu posso fazer muitas viagens

Beijar tantas bocas que nunca poderei beijar

Posso navegar em um mar revolto sem naufragar

Caminhar descauço no deserto sem queimar os pés

Posso amar quem não me ama, e em meus livres devaneios

faze-la me amar

Com a poesia eu posso me transformar em um pássaro

Voar tão alto, e nunca mais voltar

Posso em um instante, sair de onde estou, e me por diante

do que eu quiser

Posso subir a colina que nenhum homem já mas pisou

Atravessar o Alasca, andar a pé do Brasil ao Guine

São tantas coisas que posso fazer com a poesia

Posso amar e ser amado, quando apenas eu saberei

Posso até fazer amor com a esposa do vizinho

Não corro perigo, é só poesia, tudo é imaginação

Posso tudo com a poesia, posso fazer chover, e o sol raiar

Só não posso enxugar as lágrimas do poeta

Que chora por ter perdido a poesia, sua rima, e seu o rimar .

Igor Rodrigues Santos

Poeta Igor Rodrigues Santos
Enviado por Poeta Igor Rodrigues Santos em 17/09/2018
Reeditado em 18/09/2018
Código do texto: T6451321
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