ADEUS, ATÉ OUTRO DIA!
Quando papai conheci
Eu já era bem mocinho
Papai dois anos mais novo
Saiu de casa novinho
Pra moer cana no engem
Mamãe se mandou também
Comprei um terno de linho!
Eu tinha dois objetos
Três coisas que eu adorava
Uma percata de couro
Vassoura de piaçava
Violão faltando um dente
Um pendraivi, uma corrente
E uma cadela bem brava!
Mamãe se foi-se saíndo
Voltou, me deu um recado:
Quando você se casar
Se formar em deputado
Siga os passos de mainha
De capoeira, a galinha
É quem dá caldo encorpado!
Passou-se o tempo e um dia
Eu tava usando gravata
Comendo fava e Xerém
Cantando na serenata
Um mudo passou gritando
Viva o bispo Dom Fernando
Que morreu na mesma data!
Pra encerrar a história
Agradeço a monarquia
Presidenta ou presidento
Nenhum dos três tem valia
O gato em riba da gata
O pato enrabando a pata
Adeus, até outro dia!
Mais uma brilhante interação desse agora, Amigo do Recanto, o poeta Stelo Queiroga!
Adeus inté ôto dia
Vô iscapulir desse mote
Água é miolo de pote
Vi Gil im riba da gia
Pensei Jair mas num ia
Chamaro Napulião
Mó de cumê um baião
Pergunto como é que pode
Acabou-se poico e bode?
Buchada de capitão?...