Obrigado compadre Geraldinho por abrilhantar à brincadeira valeu mestre.
CORDEL DA PESSCA 04
MOTE
Não pode desconfiar
Ninguém conta e nem viu.
MIRO E A COMADRE
Compadre foi viajar
Comadre me pediu
Compadre, vamos pescar,
Lá na ponte que caiu...
Quando o compadre chegar
Não pode desconfiar
Ninguém conta e nem viu.
Então ficou combinado
Comadre inté sorriu,
E se der, nadar pelado,
Lavando pinto e xibiu.
Nós vamos aproveitar
Não pode desconfiar
Ninguém conta e nem viu.
Antes de o sol levantar
Quando o parzinho partiu,
Vizinho não vai falar
Pois barulho não ouviu.
Não pode testemunhar...
Não pode desconfiar
Ninguém conta e nem viu.
Levei cerveja e paçoca
Peso ela não sentiu,
Só levou vara e minhoca
Jeito que me pediu,
Vamos botar pra quebrar
Não pode desconfiar
Ninguém conta e nem viu.
Nós nunca pensamos bem
Puta que a pesca paríu,
Comadre vai ter neném
Da farra que se curtíu.
Filho loiro vai criar
Não pode desconfiar
Ninguém conta e nem viu.
Compadre Geraldinho
do engenho responde
Terminaram aquela pescaria
Com a minhoca bem molhada
Pescar mais já não podia
O compadre saciado de pescar
Da comadre se despediu
Ele não pode desconfiar
Ninguém conta ele não viu
Mas o pior acontecia
A comadre era parteira
O compadre não sabia
Seu desejo era pescar
A paixão o seduziu
Ele não pode desconfiar
Ninguém conta ele não viu
Veja bem o que certo dia
Na fazendo da comadre
O compadre aparecia
Foi lá para negociar
Um belo cavalo tordiu
Ele não pode desconfiar
Ninguém conta ele viu
No curral compadre escolhia
Comadre de forma indiscreta
Vez e outra aparecia
Tentando ao compadre provocar
Nas nuvens ele se sentiu
Ele não pode desconfiar
Ninguém conta ele não viu