Povo Nordestino

O homem com a mão calejada

Devido ao peso da enxada,

Com a qual ele corta o chão,

Vendo o chão seco torrado

Não ver nenhum resultado

Com a sua plantação.

A mulher de pele enrugada

Pelo sol já ressecada,

É sócia do sofrimento.

A criancinha inocente

Torna-se um menor carente

É outra sócia do tormento.

A fome assombra o Nordeste

E o macho cabra da peste,

Chora triste de emoção,

Quando o filho pede comida

A lágrima entristecida

Desce até molhar o chão.

Saúde ninguém não tem

Culpa da fome e também

Culpa da impunidade,

O Nordeste tinha riqueza

Hoje só resta a tristeza

Naquela comunidade.

E no sertão nordestino

É cruel demais o destino

Com quem vive no sertão,

A seca secou barragem

E esta longa estiagem

Deixou o povo sem pão.

Herói, guerreiro e valente,

Quem pisa este chão quente

É muito mais que herói,

O nordestino padece,

A seca nos empobrece

Bem devagar nos destrói.

João Bosco Santos
Enviado por João Bosco Santos em 07/09/2007
Código do texto: T642613
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2007. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.