Povo Nordestino
O homem com a mão calejada
Devido ao peso da enxada,
Com a qual ele corta o chão,
Vendo o chão seco torrado
Não ver nenhum resultado
Com a sua plantação.
A mulher de pele enrugada
Pelo sol já ressecada,
É sócia do sofrimento.
A criancinha inocente
Torna-se um menor carente
É outra sócia do tormento.
A fome assombra o Nordeste
E o macho cabra da peste,
Chora triste de emoção,
Quando o filho pede comida
A lágrima entristecida
Desce até molhar o chão.
Saúde ninguém não tem
Culpa da fome e também
Culpa da impunidade,
O Nordeste tinha riqueza
Hoje só resta a tristeza
Naquela comunidade.
E no sertão nordestino
É cruel demais o destino
Com quem vive no sertão,
A seca secou barragem
E esta longa estiagem
Deixou o povo sem pão.
Herói, guerreiro e valente,
Quem pisa este chão quente
É muito mais que herói,
O nordestino padece,
A seca nos empobrece
Bem devagar nos destrói.