"SE UM DIA EU FOSSE CHAMADO PRÁ CANTÁ NO CÉU, EU IA!"
Inda ontonti eu mi incontrei-mi
Com o chefe da policia
Primeiro eu batia nele
Depois ele me batia
Morri treis veis agachado
"Se um dia eu fosse chamado
Pra cantar no céu eu ia!"
A lua inlumeia a serra
Por detrás da estrela guia
O pato em riba da pata
O sapo enrabando a guia
Viva o porco no cercado
"Se um dia eu fosse chamado
Pra cantar no céu eu ia!"
Passava trinta cometa
No romper do meio dia
Adão mais Eva, no mato
Fazendo pirnofilia
Um urutu enrolaro
"Se um dia eu fosse chamado
Pra cantar no céu eu ia!"
No tempo do pai eterno
O dilúvio já insistia
Fez sol vinte e cinco noite
Choveu no último dia
Noé morreu afogado
"Se um dia eu fosse chamado
Pra cantar no céu eu ia!"
Cantadô pra mi infrentá
Tem qui tê culingrafia
Muié que é namoradeira
Não entra na sacristia
Concriz, só é no guisado
"Se um dia eu fosse chamado
Pra cantar no céu eu ia!"
*Uma brincadeira com mote de Zé Limeira: "Se um dia eu fosse chamado
Pra cantar no céu eu ia!"
Interação do amigo Poeta STELO QUEIROGA:
"Nasci na beira dum córgo
Crisci no mêi da fulia
Casei no mêis de setembro
Murrí cum trimtêi três dia
Dei um pitú no incarnado
E se um dia eu fosse chamado
Pra cantá no céu eu ia."