"SE UM DIA EU FOSSE CHAMADO PRÁ CANTÁ NO CÉU, EU IA!"

Inda ontonti eu mi incontrei-mi

Com o chefe da policia

Primeiro eu batia nele

Depois ele me batia

Morri treis veis agachado

"Se um dia eu fosse chamado

Pra cantar no céu eu ia!"

A lua inlumeia a serra

Por detrás da estrela guia

O pato em riba da pata

O sapo enrabando a guia

Viva o porco no cercado

"Se um dia eu fosse chamado

Pra cantar no céu eu ia!"

Passava trinta cometa

No romper do meio dia

Adão mais Eva, no mato

Fazendo pirnofilia

Um urutu enrolaro

"Se um dia eu fosse chamado

Pra cantar no céu eu ia!"

No tempo do pai eterno

O dilúvio já insistia

Fez sol vinte e cinco noite

Choveu no último dia

Noé morreu afogado

"Se um dia eu fosse chamado

Pra cantar no céu eu ia!"

Cantadô pra mi infrentá

Tem qui tê culingrafia

Muié que é namoradeira

Não entra na sacristia

Concriz, só é no guisado

"Se um dia eu fosse chamado

Pra cantar no céu eu ia!"

*Uma brincadeira com mote de Zé Limeira: "Se um dia eu fosse chamado

Pra cantar no céu eu ia!"

Interação do amigo Poeta STELO QUEIROGA:

"Nasci na beira dum córgo

Crisci no mêi da fulia

Casei no mêis de setembro

Murrí cum trimtêi três dia

Dei um pitú no incarnado

E se um dia eu fosse chamado

Pra cantá no céu eu ia."

Zé Roberto
Enviado por Zé Roberto em 21/08/2018
Reeditado em 03/09/2018
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