Versos improvisados

Versos improvisado

Airam Ribeiro junho de 2001

- Poeta faça pra mim

Uns verso improvisado

Conta tin tin por tin tin

As coisa do meu passado

Quando a gente envelhece

Muita coisa não esquece

Fica na mente guardado.

Da música preta pretinha

De um drur’s lá no portão

Da vida boa que eu tinha

Que me trás recordação

De um beijo demorado

Que deixei lá no passado

Junto com a ingratidão.

Conta poeta para mim

Daquela filicidade

Diz tin tin por tin tin

Fala daquela maudade

Porque ela não merecia

Perder aquela alegria

Que herdô na mucidade.

Diz daquele abandono

Que estô a remoê

Como caxôrro sem dono

Eu saí sem percebê

Diz poeta, por favô,

Conta sobre a minha dô

E de todo o meu padicê.

O tempo não vorta mais

Pra tudo isso concertá

Se o tempo vortasse atráis

Tarvez pudesse encontrá

Só aquela musiquinha

De nome preta pretinha

Serve preu recordá.

Tudo isso ele ia dizeno

E pedia para as rimas pô

Com a caneta ia escreveno

Para lhe fazê um favô

Quando as estrofe ele leu

Disse adeus e me agradiceu

Pegô a estrada e se mandô.

Muitos tantos tem por aí

Curtino a sua saudade

Este amigo nunca mais vi

Andano nesta cidade

Dizem que virô andarilho

E que ta no mundo sem brilho

A procura da felicidade.

Da serie: Matuto apaixonado

Airam Ribeiro
Enviado por Airam Ribeiro em 21/08/2018
Reeditado em 23/08/2018
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