“AMADA ME ÉS EM QUE SE VISSES.”

Amada que me és em que se visses
Espelho da alma, vida que transcorre,
Se sonhos em que mágoa e tolices
Engano não o é real que jorre
Calçada da Saudade se as meiguices.

Amada que me és em que se visses
Venturas que se possa ter proveito pouco;
Por certo que ao tempo o desperdice
Depois, se reclamando que foi louco,
Supremo se altar o da velhice.

Amada que me és em que se visses
A quem se o fizera ignorado
Perdido no amor em que sentisses
Sentido por um ser configurado
Perdão por ser o ato, que pedisses.

Amada que me és em que se visses
Pela dor suspirar, no coração;
Por este que o amor de que sentisses
Gigante que, tombado por ilusão.
Amor que para sempre me suprisses.


Barrinha 11 de agosto de 2018

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antonioisraelbruno
Enviado por antonioisraelbruno em 11/08/2018
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