A SEMÂNTICA LEXICAL

I

A Semântica Lexical

É tema a abordar

PIETROFORTE E LOPES

Sistematizam o pensar.

II

Começando pelo SIGNO

Que busca relacionar

Significante e Significado

Pro debate acalorar.

III

E baseados em SAUSSURE

As ideias aparecem

Os autores desenvolvem

E o texto logo cresce.

IV

A imagem acústica do SIGNO

SAUSSURE diz Significante,

Significado o conceito

Que é deveras importante.

V

Mas há modos contrastantes

Da Semântica edificar,

As concepções volantes

Muito tem a ensinar.

VI

Entre o nome e a coisa

A linguagem acontece

Os conceitos se destacam

E nova moda aparece.

VII

E os conceitos dos SIGNOS,

Podem, então, aparecer,

No contexto do discurso,

A depender de quem ver.

VIII

É o Significado,

Pauta para as discussões,

Nos estudos da linguagem,

Constitui indagação.

IX

Palavra, Conceito e Coisa,

São três vertentes a oscilar,

Um triângulo que o homem

Demarca para estudar.

X

As palavras se referem

Às coisas designadas,

Mediante os conceitos

Pelo ser representadas.

XI

E como expressa SAUSSURE,

Sobre o SIGNO em questão,

Significado e Significante

Na linguagem há relação.

XII

Pois a maneira de ver

Denota o ponto de vista,

A cultura se apresenta

E a história se conquista.

XIII

A linguagem e o sentido

Apresentam relação,

Vivências que se conhecem

Em profunda interação.

XIV

A Semântica e o Léxico

Tem muito a expressar,

Os lexemas e seus destinos

Evidenciam o falar.

XV

Na Análise Sêmica do Léxico

Há o Campo Lexical

Onde Semas e Lexemas

Distanciam-se no geral.

XVI

Como exemplo, vamos ver

O Campo Lexical do CHAPEU

Para, então, compreender.

O seu contexto fiel.

XVII

BONÉ, GORRO OU SOMBREIRO

Constituem os lexemas

E outros nome conhecidos

Também entram no esquema.

XVIII

E entre os traços distintos

Que a cultura prescreveu

Para cobrir a cabeça

O ser humano elegeu.

XIX

Mas existem outros Semas,

Que passo a relatar

Masculino ou feminino

Para quem costuma usar.

XX

Agora, vamos falar

Dizendo o quê entendeu

Para o lexema FACA

Diga o quê compreendeu.

XXI

Então, podemos dizer

Que para o Semema FACA

Há Semas contextuais

Como FAMINTA OU DESGRAÇA.

XXII

Algumas metamorfoses

Provocam reflexões,

Manifestações da língua

Que causam alterações.

XXIII

O Semantismo das palavras

Passa por transformações

Bem no Campo Discursivo

Há várias percepções.

XXIV

Mas vale a pena dizer

Que essas transformações

Que o discurso domina

Não muda as acepções.

XXV

Porque há os dicionários

Que fazem delimitar

As acepções Semânticas

Para não subjetivar.

XXVI

PIETROFORTE E LOPES

Fazem uma indagação:

_ HÁ GRAU ZERO DA LINGUAGEM?

E focam a atenção.

XXVII

Para eles, a ideia,

Em nível de realização,

Está na objetividade

Por meio da denotação.

XXVIII

E nesse ponto de vista,

De modo objetivo,

As frases em ordem direta

Estão no campo festivo.

XXIX

Mas quando a ordem é quebrada

A linguagem é desviada

E ela surge de termos,

A linguagem figurada.

XXX

Nesse contexto, o discurso,

Contrai modos de dizer,

Conotando ou Denotando

Temos muito a aprender.

XXXI

E essa aprendizagem

Relaciona palavras,

Estrutura o sistema

E lexiona as palavras.

XXXII

Veremos as relações

De Sinonímia e Antonímia,

Hiponímia e Homonímia,

Paronomásia e Polissemia.

XXXIII

Há “MIAS” a estudar.

Vamos, então, começar,

Com o termo Sinonímia

Para a pauta precisar.

XXXIV

Denominam-se Sinônimos

As muitas possibilidades

De substituir um termo

Havendo reciprocidade.

XXXV

Por exemplo, HOMEM NOVO,

Você pode discursar

Trocando por HOMEM JOVEM

Que dá sentido ao falar.

XXXVI

Mas nem tudo é perfeito

A depender do contexto

Se o termo fosse LIVRO

LIVRO JOVEM há despeito.

XXXVII

E isso ocorre porque

O uso se faz diverso

E o emprego discursivo

É diferente no verso.

XXXVIII

Agora, a Antonímia,

Que contraria a questão,

Porque oposto a bonito

É o feio, meu irmão!

XXXIX

Também como em Sinonímias

O discurso prevalece

Só lendo o ponto de vista

O entendimento acontece.

XL

Hiperonímia e Hiponímia

São fenômenos derivados

Na disposição hierárquica

São contextualizados.

XLI

Por exemplo, ANIMAL

É um termo englobante

Porque pode englobar

RÉPTIL, AVES E ELEFANTES.

XLII

Esse termo é Hiperônimo,

Englobante dos demais

Porque o termo Hipônimo

É englobado demais.

XLIII

Aqui também o discurso

Constroi o seu parecer

Englobante ou Englobado

Relaciona o saber.

XLIV

Por vez, chega a Homonímia,

Resulta da consciência

Significante e Significado

Na distinção faz ciência.

XLV

Por exemplo, tem a MANGA

Que pode vestir você

E a MANGA alimento,

Que nutre e faz viver.

XLVI

Sua origem é diversa

Significado e Significante

Mas a pronúncia igual

Mesmo Significante.

XLVII

O termo Paronomásia

Assemelham Significantes

Embora os Significados

Sejam contrários e distantes.

XLVIII

Por exemplo, a palavra

Que pode nos confundir

RETIFICAR OU RATIFICAR

No discurso faz fluir.

XLIX

E por fim, a Polissemia

Com vários Significados

E um único Significante

Que transmite o recado.

L

Assim, para o termo VELA

Que é o Significante

Falamos de objetos

E suas funções distantes.

LI

Outro exemplo Polissêmico

É a frase de PASCAL

Usando a mesma palavra

Com diferença total.

LII

E a frase? Vejam só,

Pois sei que vocês conhecem:

“O coração tem razões

Que a própria razão desconhece.”

LIII

E foi isso que estudei

Da Semântica Lexical

Agora passo a vocês

A avaliação final.

Chuva de Rosas
Enviado por Chuva de Rosas em 04/08/2018
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