NO MATO SEM CACHORO!
O negócio tá mesmo feio
Nesse Brasil complicado,
A saúde há tempos morreu
O progresso, tá desenganado
Não acaba o analfabetismo,
Não se aprende o catecismo
O jovem vive desorientado.
No cordel, baixo o cacete
Em tudo que sei de errado,
Aprendi com meus pais
Ser um cabra bem honrado,
Ser pobre não é defeito,
Mas, ser burro o sujeito,
É o que me deixa indignado.
Dizem que o pior cego
É o que não quer enxergar,
Mas até os cegos estão vendo
A mandioca só entrar,
Segurança Pública inexiste
O inseguro só anda triste
Com o ladrão a lhe roubar.
Aqui no Espírito Santo
No Hospital da Mulher
Faleceu uma jovem grávida
Assumir culpa, ninguém quer,
Por duas vezes foi internada
Nas duas, sempre liberada...
Morre pobre, de onde vier!
O aeroporto de Vitória
Passaria pra internacional
O barbudo garantiu entrega
Pro ano passado, antes do natal
A obra anda paralisada
Dizem que é superfaturada
Foi notícia de TV e Jornal.
No mato sem cachorro
Assim estão os brasileiros
O político mais honesto
É o senhor Renan Calheiros,
Tem boi, que não dá conta
A vaca já vive tão tonta
Que não muge...solta berreiros!
Mas, a maioria tá gostando
Pois só cresce na pesquisa
O barbudo aluno de Fidel
Que na linguagem desliza,
De pai e mãe analfabeto,
Cesta básica pra avô e neto
Mordomia pra sua Marisa!
É o país dos desdentados
Dos catadores de papelão,
Da falta de oportunidades
Da mendicância de um pão
Quem tem emprego tá feito,
Mas ser honesto é defeito
O mais certo é virar ladrão!!!
Goltara- 04/09/2007.
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