vida de caboclo

Guerreiro

E luto e brigo

E faço de conta que canto,

Dou gargalhadas, conto meus causos.

Choro, sozinho me espanto.

Domo cavalos, no ginete e estribo,

Faço-me valente à menina de saia

Vou à cocheira, ou planto café,

Durmo na roça e cultuo a fé.

Brinco de pai e logo de avô,

Perco meu chão, no canto das araras,

Foi uma delas, que me deixou.

Partiu pro infinito, de um jeito bonito,

Que a dor, me acalentou.

Entre tantas que me restaram,

Meia dúzia eu confesso,

Foram todas sucessos.

Minhas mãos ampararam,

Suavizaram a dor.

Anos mais tarde,

Foi minha partida,

De fé prometida

Que iniciou.

Parti de cabeça branquinha,

De forma calma e tranquila

Desci a jazida

Certo da esperança.

Foi Deus que me levou.

Paulo Sergio Barbosa
Enviado por Paulo Sergio Barbosa em 03/07/2018
Reeditado em 03/07/2018
Código do texto: T6380700
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