vida de caboclo
Guerreiro
E luto e brigo
E faço de conta que canto,
Dou gargalhadas, conto meus causos.
Choro, sozinho me espanto.
Domo cavalos, no ginete e estribo,
Faço-me valente à menina de saia
Vou à cocheira, ou planto café,
Durmo na roça e cultuo a fé.
Brinco de pai e logo de avô,
Perco meu chão, no canto das araras,
Foi uma delas, que me deixou.
Partiu pro infinito, de um jeito bonito,
Que a dor, me acalentou.
Entre tantas que me restaram,
Meia dúzia eu confesso,
Foram todas sucessos.
Minhas mãos ampararam,
Suavizaram a dor.
Anos mais tarde,
Foi minha partida,
De fé prometida
Que iniciou.
Parti de cabeça branquinha,
De forma calma e tranquila
Desci a jazida
Certo da esperança.
Foi Deus que me levou.