... e por falá em cagá pra copa
... e por falar em cagá pra copa
Airam Ribeiro
O povo vévi contente
Só na época de seleção
Tá na hora de acordá gente!
Isto tudo é embromação.
A camisa verde amarela
Deixa a torcida magrela
Na fome da falta de pão.
Eu sou um bom brasileiro
Só quereno uma solução
É sonho deste povo ordeiro
Ver melhorar a educação
A fome tá que te rói
E tu xamano jogadô de herói
Tá na hora de acordá irmão!
A alegria é das tripa que vem
Assim diz o ditado populá
O governo axa qui tu é um ninguém
Investe na copa para te enganá
Uma disparidade descomuná
O povo sofreno no hospitá
E tu aí gritano gol, pulano pro ar!
Os jogadores ganha milhões
Pra tu nun manda um tiquin
Estão virando inté barões.
Sabido são os tupiniquins
Longe desta civilização
Qui só pensa numa seleção
Qui nun ta aí pra tu nem pra mim.
O jogo é tudo de mintira
É uma aligria disfarçada
É como marrá saco de imbira
Pra ver a farinha derramada
O Brasil precisa de você
Nun tem segurança podes crê
A violência ta desinfreiada!
É um tal de perde e ganha
Uns vévi no jogo de ilusão
A vitória, essa vem com manha
Por trás é que tá a podridão
Os dinheiro vai depois vem
Quando nun vai mais além
Em forma de uma corrupição.
Morreno sem atendimento
Estão as nossas criança
O gás de cozinha com aumento
Mas os jogadores tão na bonança
Tem bons planos de saúde
Por isso você não se ilude
Tutá dando a eles a fiança!
O povo aflito tá com fome
Mesmo se for campeão
Os jogadores elevam seus nomes
Enquanto tu meu cidadão
Campeão de que te pergunto!
Me diz aqui, tu tava junto
Mas agora, tu és mais um na ilusão.
Eu quero um Brasil novo
Para o bisneto do futuro
Mas enquanto este meu povo
Continuar a ficar no escuro
Não acordar deste pesadelo
Pra acabá com o desmantelo
Que fez estes políticos impuro.
E a bola no campo tá rolano
E os bobos de cá torcendo
E os de lá, os políticos roubano
A cada gol os borço vai inxendo
É a copa vendida por milhões
E cá eu vejo muitos cagões
Cego, fingindo qui nun ta veno.
Caga pra copa brasileiro
Abra o olho brava gente!
Tão te tapiano companheiro
Ela é cara, teu borço sente!
Por trás dela muito imposto
E o governo esconde o rosto
Só tu nun vê, caro inocente!