A Greve dos Caminhoneiros - Para tudo, para todos.
I
Para tudo, para todos!
Para ônibus, para trem.
O metrô já tá parado,
O aeroporto também!
Com falta de combustível
Ninguém vai e ninguém vem.
II
Para tudo, para todos,
Só uma coisa não para:
O preço da gasolina,
Custando os “olhos da cara”.
Quanto mais o Brasil para
Mais o seu preço dispara!
III
Para tudo, para todos,
Na no pico da crise aguda.
Fazer o uso da força
O governo já estuda...
O Brasil está mudando
Só a política não muda.
IV
Para tudo, para todos:
A indústria já parou,
O comércio está parando,
A Bolsa já despencou,
Um “acordo” improvisado
Foi feito, mas não vingou.
V
Para tudo, para todos
De São Paulo ao Pará
Do Acre à Paraíba
De Minas ao Paraná
Pra ver se o Brasil acorda
Com esse grito que dá.
VI
Para tudo, para todos
Para ver que a solução
É construir ferrovias
Para não “ficar não mão”
Só do transporte terrestre
Depende a escoação.
VII
Para tudo, para a todos
E eu dou os parabéns
Aos heróis caminhoneiros
Que são feitos de reféns
Nas estradas do Brasil
Transportando nossos bens.
VIII
Só peço que não impeçam
O meu direito de ir,
Da mesma forma que peço
O meu direito de vir
Um direito só é válido
Sem o outro obstruir.
IX
Fica aqui minha torcida
Que tudo termine bem
Que tudo se normalize
Pois é isso que convém
O diálogo ainda é
O melhor caminho que tem.
X
Só pra não ficar parado
Fiz esses versos, então.
Eu não sei quem tá errado,
Mas eu sei quem tem razão.
No final quem “paga o pato”
Sempre é o cidadão.
Fim
Fortaleza, 27 de maio de 2018.
7º dia da greve dos caminheiros.