ZÉ LIMEIRA, 'NÊGO VÉI'; EU NÃO SEI, PORÉM EU TENTO.
São Pedro rezando o credo
Napoleão num convento
Dizia ao povo “hoje eu fico!”
Decreto do presidento
Querê todo mundo qué
Zé Limeira, ‘nêgo véi’
Eu não sei porém eu tento!
Escargóti é bicho raro
Alcunha de caramujo
Passando por belelém
Jésus bateu num marujo
Na cidade de Itaboca
Foi São Judas carioca
Quem traiu o dito cujo!
Maria, a Antonieta
Chegando de Molungu
Na cidade de Versailles
Palácio do Jaburu
Bem na Frente do portão
Gritou pra Napoleão
“Eu te amo, ailoviú!”
O ‘Códiogo Hamurábi’
Moisém cavucou geral
Chegou-se num veredito
Lá no concílio papal:
“Bicho que fede é raposa
Mulé que casa é esposa”
Eticéta coisa e tal!
Capítulo dezessete
No Versículo quarento
O profeta Maomé
Detalhou ‘o movimento’
Choveu setenta e um dia
Foi granizo à revelia, e
Assoprou um pé de vento!
Na sexta-feira de cinza
Jésus desceu da barroca
São Pedro ‘de caco cheio’
Pilotando uma motoca
Atropelou um guri
Que numa ‘nice’, ali
Surfava na pororoca!
Jésus subiu a montanha
Jejuou o mês inteiro
Choveu setenta e um dias
Somente o mês de janeiro
Noé que tava de folga
Construiu uma piroga
Esperando o aguaceiro!