Mil vezes caí, Mil levantei

Nasci em casebre de barro

Água de poço no jarro

Tendo carroça por carro

De tudo não me esquecerei

Da luz que vinha do lampião

Lenha queimando no fogão

Já vim segurando rojão,

Mil vezes caí, mil levantei

Criança, corri pelo mato

Brigando com carrapato

Da mãe, tapas e ultimato

Por benção tantas mãos beijei

Febril devido ao sarampo

Gabirobas pelo campo

Cedo pegando no trampo,

Mil vezes caí, mil levantei

Arrimo, peguei pesado

Sendo inocente, acusado

Tendo Deus por advogado,

Pois sempre que pude ajudei

Tanta pernada traz sofrer,

Mas da vida não vou correr

Apanhando aprendi a bater,

Mil vezes caí, mil levantei

Allba Ayko
Enviado por Allba Ayko em 18/03/2018
Reeditado em 28/12/2019
Código do texto: T6283258
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