(1)
Logo quando nós transamos
Não há como se esquecer
Todo dia nos amamos
Era bom pra se viver
Eu estava no apogeu
Pronto pra lhe abastecer
Quem minhas carnes comeu
Os ossos deve roer
(2)
Você era bem gulosa
Carinhosa e sem igual
Como sempre tão gostosa
Com seu abraço fatal
Lá no nosso coliseu
Querendo amor pra valer
Quem minhas carnes comeu
Os ossos deve roer
(3)
Eu tinha muita saúde
Aguentava seu rojão
Nosso chamego amiúde
Não me deixava na mão
Mas um dia aconteceu
Comecei a enfraquecer
Quem minhas carnes comeu
Os ossos deve roer
(4)
Se você não se importou
Ou fez que não entendeu
Mas então continuou
Um direito que era seu
Meu mastro sempre cresceu
Comecei a emagrecer
Quem minhas carnes comeu
Os ossos deve roer
(5)
Com seu jeito insaciável
Segurei tudo a bambão
Uma mulher agradável
Nunca acaba meu tesão
Mas você me prometeu
De nunca se aborrecer
Quem minhas carnes comeu
Os ossos deve roer
(6)
E mandando muita brasa
Sua vida foi sorrindo
Na hora nunca se atrasa
Mas eu só me consumindo
O apetite renasceu
Logo botei pra valer
Quem minhas carnes comeu
Os ossos deve roer
(7)
Todo problema que tinha
Uma antiga namorada
Tive pena da gatinha
Que logo ficou danada
Dali desapareceu
Foi o que coube escolher
Quem minhas carnes comeu
Os ossos deve roer
(8)
Era Dinha o nome dela
Eita mulher graciosa
Foi olhando na janela
Que a conheci tão formosa
Separada dum judeu
Decidiu me apetecer
Quem minhas carnes comeu
Os ossos deve roer
(9)
Na cama muito perfeita
Escolada de bom gosto
Não aceitava desfeita
Lindo demais o seu rosto
Seu corpo um jubileu
Que adorava percorrer
Quem minhas carnes comeu
Os ossos deve roer
(10)
Hoje mantenho saudade
Das duas gatas queridas
Confesso que sem maldade
Tento curar as feridas
Nunca mais apareceu
Mulher para suceder
Quem minhas carnes comeu
Os ossos deve roer
.
.
.
Ansilgus

Fonte da imagem: INTERNET/GOOGLE. Por favor, em havendo direitos autorais queiram me comunicar, eis que a retirarei, porquanto aqui nada recebemos para publicar. Meu e-mail é asgusmao02@gmail.com.
Mote baseado em ditado popular de domínio público.

01/03/18 - Cristina Gaspar, sempre presente, interagiu assim:

'O mundo vira nos seus braços
 Suspiro pimenta no colo seu
 Quando nossas bocas criam laços
 Senti que um dia meu coração gemeu
 Como amo os seus mormaços
 Se minhas carnes com gosto comeu
 Se labuzando nos regaços
 Os ossos deve roer sou todo seu'
Meu abraço, cara poetisa, muito grato...ansilgus.

02/03/18 - Miguel Jacó, sempre mestre, interagiu assim:

fui parido no sertão
numa cama de madeira
nunca suguei mamadeira
mamei em peitos fartos
minha mãe me prometeu
e cumpriu até morrer
quem minhas carnes comeu
os ossos deve roer.

foi na capital paulista
que conheci a putaria
boates organizadas
mulheres chiques vadias
como Julietas de Romeu
lutando para se esconder
quem minhas carnes comeu
os ossos deve roer.

depois desta vadiagem
encontrei minha mulher
me casei apaixonado
porem Deus faz o que quer
a minha amada morreu
senti meu corpo doer
quem minhas carnes comeu
os ossos deve roer.

Boa noite Ansilgus, parabéns pela defesa impecável deste suntuoso
mote, e minhas reverências a primorosa interação Cristina, um abraço a
vocês, MJ.
Grato meu amigo. Fiquei deveras comovido...Meu abraço....ansilgus.

03/03/18 - Jacó Filho, um grande Mestre, assim se expressou:

Não peço mais que me ame,
E não precisa dizer...
Só não quero que reclame,
Quando eu quero você...
Chamava-me de romeu,
Até ver-me envelhecer...
Quem minha carne comeu,
Os ossos deve roer...

Meu abraço e muito obrigado...ansilgus.