Falando da intervenção
Que o presidente decretou
Usando a constituição
O poder que assegurou
Pra salvar uma nação
O decreto ele assinou
 
Já tinha perdido controle
Querido Rio de Janeiro
Na cidade maravilhosa
Amada no mundo inteiro
Os criminosos estão na rua
E o povo está prisioneiro
 
É um ato de emergência
Por quem não deixou legado
É assim que eu entendo
Desde governos passado
Não cuidaram do povo
Ficou dele refém-ado
 
As crianças são o futuro
Quem delas bem não cuidou
Não deu uma boa educação
A rigidez da lei não ensinou
Foi perdendo o respeito
A criança se transformou
 
O que era manso e inocente
Fácil de uma boa formação
Ficou no tempo esquecido
Solto ao meio da multidão
O que era poço de doçura
Virou um mar de agressão
 
Sem mais poder ser domado
Nem por força de armamento
Virou um touro acuado
Fazendo todo enfrentamento
Mata, se mata, fere e agride
Causando dor e sofrimento
 
Nas forças veja a dureza
Nas armas veja a agressão
No governo vejo fraqueza
De quem não fez a missão
Hoje faz missão pra cumpri
O que outrora era obrigação
 
Em cada canto do Brasil
Tem pratica da violência
Combater com intervenção
Não haverá eficiência
Prende o velho o novo cresce
Haverá sempre a incidência
 
A linha de baixo estar
Desprovida de assistência
A linha de cima já teve em baixo
Cresceu vendo a violência
Praticando pra aprender matar
Sem ter pedido de clemência
 
Enquanto isso os governantes
As escondidas em Brasília
Faziam acordos secretos
Distribuíam em partilha
Os indigentes pra não morrer
Da realidade faziam maquilha
 
É triste assistir ao caos
No acaso do desespero
Pra concertar por cima
Eficácia eu não espero
Prisão e morte de civis
De inocentes muito choro
 
Pois está impregnado
No meio da sociedade
Em casa, escola via pública
Talvez passe da metade
Tão critica é a situação
É um mar de calamidade
 
Termino pedindo a Deus
Que abençoe a intervenção
Que com ela se possa aprender
A importância da boa formação
Que o fim de toda violência
Está na base da educação.