UMA HISTÓRIA EM MEIO CORDEL
Vou desenha com palavras este meio cordel
Uma história que não é minha,
Mas de uma Mãe... Professora, Bailarina...
E porque não Maestrina.
Nasceu em um Estado fabuloso
Como a sombra de um flamboyant
Que embeleza a praça,
Da Mooca, da Lapa... Da Alameda de concreto...
Do Braz, do Bexiga, do Zoológico...
Do verde do Zoobotânico.
Falo da bailarina da Capital
Do meu Estado de São Paulo
De fato sou do interior
Da porta, da porteira,
E ela da beleza da cidade grande
Do corpo de balé da escola de dança
O que temos em comum a pujança
É o cheiro da terra Paulista.
A mesma do Airton Senna
Do majestoso time de maloqueiro
Da grande democracia de uma Nação Corintiana.
A mesma que o samba pede passagem
Do samba boêmio Dos Demônios da Garoa
O passista em meio a sua euforia
Ouve o Grito: - “É Nóis CURINTIA.”
Falo da cidade bela de ruas e ruelas,
Falo de duas ruas difusas musicadas
Por um baiano setentão
De sobrenome Caetano
Cidade de arranha céus de concreto
Da ovelha negra Rita Lee
Do Ira, Titãs, Inocentes e Ratos de Porão.
Falo de heróis, marginais...
Da Praça da República
Da Revolução Constitucionalista
Dos jovens manifestantes paulistas de outrora
Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo
Das diretas já ,
E da baderna política dos tempos atuais
E do triste fim de quem vaga no viaduto do chá.
Uma São Paulo bela do Viaduto do Minhocão
De perdas e conquistas
De lutas, de Vidas
Que correm na garoa da Paulista
Dos coletivos que cruzam a Ipiranga e a São João.
Buscando um novo horizonte
Mãe e filha chegam à terra da chuva
Da cuca, do alemão governante,
Terra das bicicletas, flores, dança e enchente.
Falo de Joinville do imigrante alemão,
Da dança Russa do Bolshoi
Que por merecidos saltos sua afável bailarina
Hoje salta nos palcos de Minas Gerais.
... Mãe... Bailarina... Maestrina...
Constrói uma ponte de Joinville até Minas
Para ver o encanto de sua saltitante bailarina
A menina que salta e baila na ponta do pé
Levando a beleza nas asas da borboleta
E faz fluir a magia da Dança.
Minas terra de José Joaquim Xavier
O líder que libertas serás também
Minas do pão de queijo, do uai
Da beleza da Pampulha,
Do anjo barroco Aleijadinho
Arte barroca reluzente,
Do clube da esquina
Que embala um coração de Estudante.
Sampa, Joinville e Minas
Retrato vivo de quem se presta a escrever
Um meio cordel, a professora amiga, maestrina,
Profissional amante da arte
Da dança da alegria expressa em letras e passos
A qual regeu e cativou dúzias de loucos.
E eu não me recuso a bailar por entre os dedos
Uma caneta ao descrever
Que sou uma de suas candidatas à professora
Entre tantas que ensinou,
Os prefácios da pedagogia
E a beleza da arte moderna.
Da verdadeira arte que respeitamos
Quando somos gratos pela sua expressão
Professora Bailarina, MÃE
Carinhosamente Maestrina
Que já cantou aos pequenos
O pintor de Jundiaí, berço de seus entes queridos.
E assim receba nossos aplausos
Por aguentar os percalços e a falta de ética de meia dúzia
Que não se contenta com seu olhar para todos
Sem preferências e sem meias verdades
Tu segue sua trilha sem deixar a batuta cair
Ao reger sem medo mais um novo amanhã.
Joinville- SC – 01.02.18 – 4h50s