Pedro nadava bem satisfeito,
As águas do rio lhe acariciava,
João atrás de uma árvore
Em silêncio a tudo observava.
Tereza na margem do rio
Em Pedro pedrinhas atirava.
Era ele o homem a quem amava.
Que grande tristeza dessa vida,
Um amor que alegre aparecia,
Enquanto o outro se escondia.
Pobre João que tanto padecia!
Grande tempestade se armava,
E Pedro absorto sequer notava,
O rio volumoso na correnteza,
Levava Pedro com ligeireza.
João ao notar do rio essa braveza,
Sem pensar, mergulha de cabeça,
Salva Pedro da grande enxurrada.
Tereza não pensa, assim agradecida,
Fica com os dois muito enternecida!