A VERDADEIRA HISTÓRIA DAS PEDRAS MISTERIOSAS DE INGÁ - 2ª parte

Primitivas bacanais

Que o homem hoje estuda

Mas esse grande segredo

Guarda história cabeluda

Do começo do universo

Que eu conto aqui em verso

Fazendo esse arremedo

Porque naquele penedo

Um tesouro do agreste

Muito bem elaborado

De importância se investe.

O hitita foi autor

E perfeito criador

Do majestoso tratado.

O que ali foi abordado

Inscrito em baixo relevo

Finalmente vem à tona.

Neste folheto descrevo

Com muita sabedoria

Diz a arqueologia

Daquele tempo primevo.

Finalmente aqui descrevo

Foi pela fotoscultura

Um engenhoso processo

De genial contextura

Alta tecnologia

Pois o hitita sabia

Moldar da pedra a nervura.

Dentro dessa tessitura

Térmica e de alta pressão

Os sinais do monolito

Ganharam sua expressão.

Falavam de uma guerra

Que até hoje desferra

Do litoral ao sertão.

Se trata da confusão

De Campina e João Pessoa

Pra saber quem é mais besta,

Quem mais lorota apregoa.

Um chama o outro “matuto”,

Pra deixar o outro “puto”

Diz que tem mar e lagoa.

Já Campina apregoa

Ser “Rainha do Nordeste”

Quanto à tecnologia.

Diz ser cidade da peste

No comércio de cigano

E ainda todo ano

Faz sua apologia,

Ao baião reverencia

No “maior São João do mundo”.

Com mania de grandeza,

Afirma ser oriundo

De enraizada matriz

Com ares de meretriz

Quer ser chamada de alteza.

Dentro de tal realeza

Essa civilização

Que veio lá da Turquia

Para morar no sertão

Da Paraíba do Norte

Aqui lançou sua sorte

Diz a antropologia.

Portanto, a autoria

Da pedra Itacoatiara

Conforme estudo recente

É do índio Papavara

Que aqui veio morar

Sentou praça no lugar

Mas não deixou descendente.

Em uma pedra fluente

Está escrita esta frase:

“Comi a mulher de Pamba,

Eu não morri, mas foi quase...”

Porque Pamba era o rei

Daquele povo sem lei

Na putaria era bamba.

O relato até dá samba,

Mote pra comercial:

“Beba Pitus, a bebida

Do bom intelectual.

Tonifica o nervo mole,

Depois que você engole

Fica ricaço e boçal.”

Corrupção é um mal

Que vem de longe, de fato.

Numa pedra está escrito

E aqui eu arremato:

Nas placas continentais

Desviaram muito mais

Do que na tal Lava Jato.

Nesse estelionato

Das placas continentais

Comeram o eixo terrestre

E os recursos naturais

Aumentaram o caixa dois

E muito tempo depois

Forjaram as tais leis morais.

Esses nossos ancestrais

Inventaram a mais valia

Criaram juro de banco

Que nos rouba todo dia

Começando a decadência

Com tamanha indecência

Que ninguém mais avalia.

Portanto, a caligrafia

De Ingá no pedregal

Isso tudo já indica

Segundo estudo atual.

A safadeza é antiga

Não tem quem nos contradiga

A malandragem é geral.

Aqui vai ponto final

Nesse estudo avançado

E quem não acreditar

Porque já foi adestrado

Na história oficial

Mato a cobra e mostro o pau

Que é um pouco avantajado.

Fábio Mozart
Enviado por Fábio Mozart em 12/12/2017
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