Baralho, naipes de fé.
Eu conheci o poema
Do Caipira Barnabé
“ O jogador na Igreja ”
Num lugar de muita fé
Achei muito interessante
Por demais desestressante
Da forma como ele é
Gosto muito de baralho
jogo muito bem bolado
Mas de mil variações
Tem mesmo este danado
Mas pra fazer oração
Envolvendo o coração
Confesso que fiquei pasmo
Não fazendo apologia
Pois é jogo de azar
Tem gente que faz aposta
Jogo apenas por brincar
É passatempo dos bons
É como chupar bombons
Difícil mesmo é parar
Existe o naipe de Copas
Com forma de coração
Nos lembra o amor de Deus
Para a sua criação
Que mandou seu filho amado
Como homem encarnado
Para a nossa salvação
Tem o naipe de espadas
Lembrando da noite triste
No jardim das oliveiras
Que em traição consiste
Um beijo de quem seduz
A entrega de Jesus
Que é preso e não resiste
Temos o naipe de ouro
Lembrando a noite de luz
Dos Reis Magos dos presentes
Ao pobre menino Jesus
Esperança contra os maus
Por fim o naipe de Paus
Que lembra o madeiro da cruz!