Cordel da Convergência
No encontro da Convergência
O mesmo ponto em comum
Pois, Permacultura é ciência
No evento de número um
O almoço é no Sítio Floresta
Alegria tem no Juazeiro
E o Janaguba em festa
No cordel eu sigo o roteiro
Embaixo de uma mangueira
Me junto a dois ou a quatro
Parece até brincadeira
Tem peça no arboteatro
No site da iniciativa
Tem cartografia social
A rede cada vez mais viva
E a flor é a credencial
Esteja perto de nós
Quem possa nos ajudar
Faça valer nossa voz
A natureza é o lugar
Na flor do jenipapeiro
Descrevo no site o perfil
Cordel que é verdadeiro
É a flor que já se abriu
Eu sigo na rima, adoidado
Tem gente do meu Cariri
Sistematizando o passado
E logo pergunto: - E aí?
O capetalismo destrói
Pessoa não é objeto
O Jorge Paiva é um herói
Exemplo do nosso afeto
Ser ambiental é ser justo
A árvore ensina a plantar
Semeio na paz do arbusto
Poema pra te alimentar
Toda cultura eu aceito
Cordel é o meu alimento
Wagner é o cara, sujeito
Do sítio ele tira sustento
O agricultor não tem férias
A água é a cura pra seca
O sangue nas mi’as artérias
É a força de Rosa Fonseca
Na vida não carregue mágoa
Me lembram Yvone e Skye
Os olhos se enchem de água
A lágrima no rosto me cai
Distúrbio é não ter natureza
Transtorno não é de atenção
E agora eu tenho a clareza
Que a vida não segue padrão
Faça valer toda ética
Estratégia da pura alegria
Na rima que nasce poética
Cordel é de minha autoria