Eu, por mim mesmo.
Seu moço lhe digo agora
Um pouco do que passei
Nos bares e cabarés
Por vezes me embriaguei
E a papai e a mamãe
Quanto desgosto que dei.
Bebendo pinga e cerveja
Sem imaginar que um dia
Na sarjeta ia cair,
Findou-se minha alegria
E os tempos que eram de festas
Por fim eram de agonia.
Comecei experimentando
Só para sentir o gosto
Uma pinga e um cigarro
No balcão fazendo encosto
Sem saber que um dia ia
Findar num grande desgosto.
Os momentos de “prazer”
Foram ficando distantes
E as bebedeiras de poucas
Foram ficando constantes.
Como ausentes também
Aqueles sonhos de antes.
O alcoolismo é doença
Porém disso eu não sabia
Na bebida me afundava
E sem prazer já bebia
Quando tentava parar
Com compulsão não podia.
Hoje a vida é diferente
Porque já não bebo mais
Faço um programa de vida
Sugerido aos AAs
Doze Passos que renova
E enche a vida de paz.