INDEPENDENTES?
Oh, Minha pátria amada
Mãe querida e gentil
És agora maculada
Pela sanha desregrada
Dos teus filhos, meu Brasil
A nação parece chorar
Com o silêncio dos bons filhos
Que parecem concordar
Que a corrupção te tire o brilho
Que te impeça de fulgurar
Revira-se no leito de insônia
Chora a pátria amada
Voltando a ser colônia
Pois até a Amazônia
Está sendo atacada
Onde está aquele brado
Outrora retumbante
Anda preso engasgado
Cadê tu manifestante?
Por que está acomodado?
Onde está a clava forte?
Aquela da justiça?
Condenou-nos a própria sorte?
Acomodou-se com preguiça?
Entregou seu povo a morte
Cadê a nossa independência
Que fora proclamada?
Se o cinismo e a indecência
De uma quadrilha articulada
Roubam nosso país e nossa consciência
No berço esplêndido o povo deitou
E assiste acomodado
Perder tudo que conquistou
Com o sangue derramado
De quem essa terra amou
Chora de vergonha pátria amada
Teu filho da luta fugiu
Entregou de mão beijada
O nosso amado Brasil
Ao desgoverno de uma cambada
Dorme inerte o gigante
Enquanto a pátria é vendida
Por um governo farsante
E pela má fé sem medida
Da justiça vacilante
Onde estás oh!brasileiro?
Gente brava, não servil
Que gritou ao mundo inteiro
"Ou morrer pelo Brasil"
Se livre não for por inteiro
Para nós só há um norte
Para o Brasil retomar
É preciso de fato ser forte
E para o mundo inteiro gritar
Independência ou morte
Sem deixar de ser gentil
Vamos dessa vez de verdade
Nem que seja com fuzil
Proclamar a liberdade
Da nossa terra Brasil