GECILOSOFIA - EU ABERTO

Por Gecílio Souza

Sou uma casa ambulante

Onde a minha essência mora

Este ser frágil e pensante

Cai e se levanta a toda hora

No caminho sou caminhante

Sem bagagem indo embora

O terreno é derrapante

A coragem é minha escora

Quando o trecho é estafante

A noite me colabora

Descanso um pouco adiante

E espero o raiar da Aurora

Tenho duas portas de diamante

Por onde o meu ser se aflora

Em movimento constante

Se abrem para dentro e para fora

Uma se abre ao visitante

A me conhecer sem demora

A outra me abre ao semelhante

Onde a confiança se ancora

Sem interesse pedante

Quem confia não explora

O meu coração pulsante

Não mendiga nem implora

Mas abriga como habitante

A quem seu compasso decora

Venha comigo a todo instante

E comece desde agora.

G. S.

Oiliceg
Enviado por Oiliceg em 30/08/2017
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