O MEU RIMANCEIRO * Na roda da Vida...
Os poetas cantaram o grito
que varou o vazio sangrento.
Não morreu a raiz nem o vento
se calou num silêncio contrito.
Continua a figueira a dar fruto,
quando o tempo aprazado chegar.
Há um tempo maduro de amar:
é por ele e com ele que luto.
Em Setembro haverá as vindimas.
Quase findos os dias de Agosto…
Bem casadas de gosto e de mosto,
aprontemos as últimas rimas.
Em Novembro, as primícias do vinho,
na promessa do novo cumprida.
Vamos todos na roda da vida!
São Martinho já vem a caminho…
José Augusto de Carvalho
Alentejo, 30 de Agosto de 2017