EU, ELA E A MALINHA. dpg

EU, ELA E A MALINHA.

Meu caro amigo leitor,

Por favor, preste atenção.

A esta história real,

De amor e de paixão.

Com certeza em qualquer tempo,

Servirá de bom exemplo,

Para qualquer geração.

Dois corações que se amam,

Um grande amor de verdade,

Não olham para condições

E desprezam vaidades,

Começam a vida do nada,

Com muita serenidade.

Se se amam vão em frente,

Trabalhando honestamente,

Vencendo dificuldades.

Um exemplo está aqui,

Nesta história feliz,

Num casal bem decidido,

Assim o destino quis.

Me refiro a M.R e seu amado Luiz.

Luiz ainda criança,

Foi embora da Bahia,

Levado pelos seus pais

O seu destino seguia.

Cruzando Estados a andar

Chegando no Paraná,

Fixaram moradia.

Seus pais naquela fazenda,

Trabalhavam dia-a-dia.

Driblando as dificuldades,

Nos anos que se seguiam

Enquanto isso menino,

Da nossa história crescia.

Se passaram alguns anos,

Numa vida de humildade,

Sempre trabalhando muito,

Sem luxo e sem vaidade.

E o luiz já completava,

Quinze anos de idade.

Bem perto de onde morava,

Tinha uma igrejinha,

Por ser na beira da estrada,

A tarde e de manhãzinha.

Ele ficava a olhar,

Quem passava pra rezar,

Seguindo aquela estradinha.

E num domingo bem cedo,

Luiz prestava atenção,

Ao povo que passava

Para fazer oração.

E na turma mais de cima,

Destacou-se uma menina,

Que lhe despertou paixão.

Seus olhos se fixaram,

Naquela linda mocinha,

Corpo delgado e bem feito.

Olhar belo que ela tinha.

Pra ele um doce de amor,

Seu coração balançou,

Vendo aquela fofurinha.

Procurou pensar direito,

O que podia fazer,

Pra conquistar a mocinha,

Precisava conhecer,

E pensou num bom intento,

Confessar seu sentimento,

Ela precisava saber.

Foi tomando informações,

Pra que não tivesse engano,

Ficou sabendo que a linda,

Tinha apenas dez anos.

Já que ele só tinha quinze,

Casar já saiu do plano.

Falaram que a linda moça,

Além de muita perfeita,

De corpo desenvolvido

Era bem séria e direita,

Luiz se pôs a pensar,

Na idade que ela está,

Conquista-la é uma desfeita.

Mais ficou preocupado,

Curtindo a sua paixão,

Também freqüentou a sua igreja ,

Como fazia o povão,

Só assim podia ver,

Aquela que fez nascer,

Amor no seu coração.

Os meses foram passando,

E aquela paixão aflita,

No coração do rapaz,

E a sua mente se agita.

E a moça a cada dia,

Mais crescida e mais bonita.

Ela já com onze anos,

Mais bonita que uma flor,

O rapaz sempre a olhava,

Com carinho e com muito amor.

E ela correspondendo,

O rapaz se aproximou.

Olhou bem nos olhos dela,

Com encanto e sensação.

E com muita delicadeza,

Segurou a sua mão.

E percebeu que ela por ele

Também sentia paixão.

Os dois então começaram,

A trocar juras de amor,

Naquela ocasião,

O romance começou.

Entre os dois corações,

Cupido a flecha acertou.

E conversaram bastante,

Cheios de felicidade,

Entre beijos e abraços, um amor sem igualdade.

Já planejando o futuro,

Apesar da pouca idade.

Os pais do jovem casal,

Quando vieram, a saber,

Quando vieram a saber

Que os dois se namoravam,

Não foi possível entender.

Tentaram impedir a força,

Pela idade da moça,

Isso não podia ser.

O que eles sabiam

É que a força inconsciente

Do amor daqueles dois,

Apesar de adolescente,

Derrotava até a morte,

Porque já estava mais forte,

Do que o elo de corrente.

Vendo que não tinha jeito,

Combinaram aconselhar,

Desde que se respeitassem,

Podiam continuar.

Com paciência e vontade

Deixem completar a idade

Para poder se casar.

Mais um amor tão profundo

Paixão, desejo e saudade.

Perturbavam ele e ela

Queriam mais liberdade

Ficar juntos a vida inteira

Os dois sentiam vontade.

O rapaz pergunta a moça

Tu me amas de verdade?

Ela responde que sim

Com toda sinceridade.

Ela diz vamos agora,

Esta é a minha vontade.

E ele disse querida,

Seja sincera e me conte

Você não vai reclamar

A sua vida d ontem

Ele ouve ela dizer

Pois eu fico com você,

Até debaixo da ontem.

Foi ai que na verdade

Tomaram uma decisão,

Fugir era a alternativa

Fizeram à combinação.

Ele e ela sem nada

Duas almas apaixonadas

Botaram o pé na estrada

Com coragem de Sansão.

Os dois agora juntinhos,

Deram um tapa na saudade,

Tinham pouca experiência

Mais muita dignidade.

Ele, ela e uma malinha,

A única coisa que tinha

E um grande amor de verdade.

Pela força do amor,

A virtude da união.

A essência da verdade

E um pulso da ação.

Os dois no seu agasalho

Vida de amor e trabalho

Causa efeito e razão.

Entraram em outra fase

Inicio de uma família

Formando a lei do ternário

É uma coisa que brilha

O pai, a mãe e os filhos.

Ou o pai, a mãe e as filhas.

Dialogando entre si

Mesmo que a vida se entorne

Seguindo a luz do destino

Vamos em busca da sorte

Debaixo do céu azul

Deixaram a região Sul

No rumo da região Norte.

Chegaram a região Norte

Com recordação do Sul

Um clima bem diferente

Mais também tem céu azul

No Estado de Rondônia,

Na cidade de Jaru.

Não optaram pelo sítio

Ficaram nesta cidade

E vendo seu movimento,

Viram oportunidade.

De iniciar um comércio

Os dois sentiram vontade.

A rotina do casal

Era sempre trabalhar

Já que a gente é o que pensa,

Ele se pôs a pensar

O poço que nós ganhamos

Temos que economizar

Precisamos construir

Uma casa pra morar.

E alguns meses depois

A casa já construída

Com muito amor e trabalho

Batalha quase vencida.

Visando montar um comércio

E ter liberdade na vida.

Juntaram as economias

Pra um comercio montar

Preparando uns documentos

Começaram a procurar

Um nome bem definido

Pra no comércio botar.

E sendo admiradores

Da grande da mãe natureza

Observando atentos

Sua infinita beleza

Buscando um nome na qual

Que inspirasse firmeza

Vamos deixar o casal

Procurando com fervor

Aquele nome bonito

Que os dois imaginou,

E falar um pouco do fruto

Daquele divino amor.

Neste percurso de tempo

Alguns anos se passaram

E o fruto do amor dos dois

Aos poucos se aglomeraram.

E os dois tiveram prazer

Vendo uma filha nascer,

Olhos lindos que brilharam.

E consecutivamente

Veio surgindo a família

Eles dando educação

Cada um na sua trilha

É um único filho homem

E são cinco lindas filhas.

Inclusive uma casou-se

Seguindo destino lhe deu.

Casou-se e ta com o esposo

Lá num país Europeu.

Lá num país da Europa

Muito distante daqui.

Segue o exemplo do pai,

Lutando sem desistir.

Ela e o esposo na Espanha

No meio de gente estranha

Na Cidade de Madri.

Vamos voltar ao casal

Que estavam a procurar

Um monte satisfatório

Pra no comércio botar

Observando o fogo

A terra a água e o ar.

Veja que interessante

E que bonita intenção,

Pra se procurar um nome

Numa tão grande expansão.

Isso não é vaidade, transmite felicidade.

Pra quem tem bom coração.

Então tiveram a idéia

E puderam encontrar

Um nome muito bonito

Que viesse a combinar

Com o mar e com a lua,

Pois o nome é LUIMAR.

Com o comércio intitulado

Foi surgindo a freguesia

E o negócio aumentando,

Nos anos que se seguiam

Com muita felicidade

Conseguiram liberdade

Agora é só alegria!

Esta historia é um exemplo

Muito concreto e real,

Eu conheço os personagens

Inclusive por sinal

É gente boa e amiga

É gente sensacional

Um exemplo a ser seguido

Um excelente casal.

Sabemos o destino existe

É só a gente seguir

Aceitar a nossa missão

E nunca tentar fugir

Na trilha da lei divina

Temos que contribuir

Com o forte e com o fraco,

Pra não se tornar fiasco

Os dias que estão por vir.

Terminamos por aqui

A nossa bonita história

Momentos de sofrimento

Surgem antes da vitória

Hoje a família sagrada

Tem a vida abençoada

Cheia de esplendor e glória!

DJALMA PEREIRA GUEDES E LUIZ JOAQUIM DE SANTANA (EL-KADAR)