NOS VEM DA FALSA MORAL

Cada ser com seu caráter

Isto é fato consumado

Ninguém é igual a outro(a)

Já está bom comprovado

Mas nada é descomunal

Se a sociedade consome

Nos vem da falsa moral

A derrocada do Homem.

Alguns prezam a castidade

Outros gostam da putaria

Sem demônio ou santidade

Cada um com sua agonia

Mas o respeito essencial

A humanidade consome

Nos vem da falsa moral

A derrocada do Homem.

Tem prostitutas honestas

E noviças depravadas

A porta que detém frestas

Por vezes é utilizada

Para olhar-se o arsenal

Antes que este detone

Nos vem da falsa moral

A derrocada do Homem.

Muitas vezes na estrada

Nossa mão é invertida

Para dar vazão ao outro

Carregado de feridas

Mas tudo nos é global

Até o crime hediondo

Nos vem da falsa moral

A derrocada do Homem.

Quando enredo um assunto

Não faço para afrontar

Apenas para demonstrar

O jeito do transeunte

Mas vem um ente fatal

E ao recanto constrange

Nos vem da falsa moral

A derrocada do Homem.

Um poema censurado

Bate de morte no autor

Este se sente castrado

Amarga tremenda dor

Mas eu tenho cabedal

Que nem o diabo consome

Nos vem da falsa moral

A derrocada do Homem.

Vou pautando minha escrita

Com muita fé e vontade

Mas esta coisa restrita

Em nome da sociedade

Me faz pensar muito mal

De quem deseja ser monge

Nos vem da falsa moral

A derrocada do Homem.

O recanto me acusou

De escrever pornografia

Dizendo que eu violei

O regimento em dia

E o meu pedido final

É que respeitem meu nome

Nos vem da falsa moral

A derrocada do Homem.

As carolas de plantão

Ou os machos mais sensíveis

Procurem um seminário

E leiam ao catecismo

Deixem as leituras normais

Para quem estas consomem

Nos vem da falsa moral

A derrocada do Homem.

Este texto retrata meu desconforto com a atitude do recanto de deletar um poema meu de conteúdo erótico, alegando conter pornografia em seu âmago, certamente alguém representou uma queixa.

(Miguel Jacó)

19/07/2017 16:15 - Jacó Filho

Lamento ter ocorrido,

E fico preocupado.

Este país desleixado,

Já devia ter aprendido,

Que verso não é pecado,

Se em rima é exibido...

Tens meu horror registrado...

///Parabéns! E que Deus nos abençoe e nos ilumine... Sempre...

Para o texto: NOS VEM DA FALSA MORAL (T6058768)

Boa tarde nobre alfaiate das letras Jacó Filho, obrigado pela vosso incisiva interação aos meus pacatos versos, um abraço, MJ.

PUBLICADO NO FACE EM 19/07/17

LUSO POEMAS 19/07/17