PRA NÃO DIZEREM QUE SOU APOLÍTICO
(Joésio Menezes)
Político no Brasil
É corrupto, é ladrão,
É cara-de-pau, é cínico,
É canalha, é burlão.
É um ser dissimulado,
Desonesto, descarado,
Mentiroso, sem noção.
É odioso, é vil;
É pessoa safardana,
Mau-caráter, picareta,
Completamente insana...
É bandido mafioso,
É sujo, é ardiloso,
É simplesmente sacana.
É a nódoa da moral,
É a escória do mundo,
É lixo não reciclável,
É adubo infecundo,
É água contaminada,
É alma amaldiçoada,
É sujeito vagabundo.
É peste que se alastra
Na maior velocidade
Disseminando desgraça
Por toda a humanidade.
É doença incurável,
É figura abominável,
É poço de crueldade.
É criatura agourenta,
É bicho traiçoeiro,
Serpente de mil cabeças,
Parasita sorrateiro.
Esterco de belzebu,
Estrume de urubu,
Filhote de pardieiro...
O político daqui
Não tem Deus no coração,
É cria da besta-fera,
Filho bastardo do cão.
É pessoa enojante,
É imagem semelhante
Do tinhoso cramulhão;
É excremento insalubre,
É suprassumo do mal,
É o mais cruel exemplo
De tudo que é imoral;
É um ser excomungado
E pelo cão rejeitado,
Por ser dele um rival.
É vigarista perverso,
É ratazana medonha,
É gatuno insensível,
É “persona” enfadonha,
É larápio leviano,
Desleal e desumano;
É malfeitor sem vergonha.
É crápula, é velhaco,
Meliante avarento;
É um ser indesejável,
Desprezível, peçonhento.
E um verme asqueroso,
Repugnante e malcheiroso,
Sanguessuga lazarento.
E nessa busca sem fim
Por adjetivos formais
Pra nominar essa corja
De “ilustres” marginais,
Cheguei à vã conclusão
Que esses adjetivos são
Para eles bem normais.
Só não podemos chamá-lo
De ladrão “filho da puta”,
Pois ela muito trabalha,
Passa o dia na labuta;
E seria desrespeito
Compará-la a um sujeito
De reputação fajuta.
A cortesã não tem culpa
Tampouco é responsável
Pelo que faz o político
Sacripanta, detestável,
A quem mal o conduziu
Ao comando do Brasil,
País, hoje, ingovernável.
E, tal qual seus integrantes,
Nossa Política é
Vagabunda e fuleira,
Digna de mil pontapés;
É substrato de matilha,
Sinônimo de quadrilha,
Produto de cabaré...
Sim, o Brasil anda mal,
Mas inda tem solução!
Basta querermos mudar
O destino da nação:
Enxotando do país
Esses políticos vis,
Gestores da corrupção;
É só mandá-los sem volta
Pra bem longe do Brasil,
O mais distante possível,
E prum lugar bem hostil!...
Quem sabe pro breu eterno
Dos abismos do inferno
Ou pro ânus donde saiu?
11/07/2017