CORDEL – Mote – Nosso viver é fugaz – Como chuva de verão
CORDEL – Mote – Nosso viver é fugaz – Como chuva de verão – 28.02.2013
Dueto com Edilson Biol
Oitavas de sete sílabas poéticas
Esquema de rimas ABABCDCD
Mais uma vez tenho a oportunidade de poetar com esse extraordinário cordelista Edilson Biol, numa parceria que muito me honra e engrandece o meu aprendizado, daí os meus agradecimentos pela sua maneira prática e pela sua competência em participar com seus versos. As duas últimas estrofes dos meus versos tentaram ressaltar os nomes dos autores.
Oitavas de sete sílabas poéticas
Esquema de rimas ABABCDCD
Mais uma vez tenho a oportunidade de poetar com esse extraordinário cordelista Edilson Biol, numa parceria que muito me honra e engrandece o meu aprendizado, daí os meus agradecimentos pela sua maneira prática e pela sua competência em participar com seus versos. As duas últimas estrofes dos meus versos tentaram ressaltar os nomes dos autores.
Edilson, grande poeta, assim se manifestou:
Não que a vida seja curta
Como ouvimos dizer
A verdade absoluta
É que temos que aprender
Valorizar muito mais
Os dias que vem e vão
Nosso viver é fugaz
Como chuva de verão
Como é bom viver a vida
Bem feliz, alegremente
E é essa paz só é mantida
Com saúde física e mente
Abandone os bacanais
Beba com moderação
Nosso viver é fugaz
Como chuva de verão
Não viva fazendo intrigas
Diga não a violência
Fique bem longe de brigas
Mostre sua inteligência
Seja um pregador da paz
Tenha Deus no coração
Nosso viver é fugaz
Como chuva de verão
Cante, dance, leia, estude
Corra, ande, nade, brinque
Mantenha sua saúde
Quando der tome um drink
Prefira os naturais
Caninha, gelo e limão
Nosso viver é fugaz
Como chuva de verão
Conheça novos lugares
Faça novas amizades
Por onde quer que andares
Procure a felicidade
Pois um dia bem verás
O porquê deste sermão:
Nosso viver é fugaz
Como chuva de verão
Programe uma pescaria
Não trabalhe feito louco
Momentos de alegria
Grite até ficar rouco
E não esqueça jamais
De como este mundo é bom
Nosso viver é fugaz
Como chuva de verão
Pra manter o corpo forte
Mesmo nessa correria
É bom praticar esporte
Sempre no seu dia a dia
Não exagere demais
Cuide da alimentação
Nosso viver é fugaz
Como chuva de verão
Pra manter viva a cabeça
Pratique sempre a leitura
O que for ruim esqueça
O bom guarde à fechadura
Vá a peças teatrais
Num assista televisão
Nosso viver é fugaz
Como chuva de verão
O tempo? Não desperdice!
Trabalhe, porém, descanse,
Deixe de bisbilhotice
Com a vida do semelhante
“Vá de retro, satanás”
Procure ser mais cristão
Nosso viver é fugaz
Como chuva de verão
Quando Deus nos fez nascer
Também foi dada a sentença
Um dia vamos morrer
Com crença ou com descrença
Pena! Nós somos mortais,
Mas vivo nessa aflição:
Nosso viver é fugaz
Como chuva de verão
Ansilgus fez a sua parte:
Já falava grande amigo
Cara você é de sorte
Com um câncer no umbigo
Sua doença é de morte
A vida é um leva e traz
Não existe enganação
NOSSO VIVER É FUGAZ
COMO CHUVA DE VERÃO
Nunca fale pra ninguém
Me ferrar vai dar trabalho
E naquele vai e vem
Eu vivo batendo o malho
Labutar nunca é demais
Alivia o coração
NOSSO VIVER É FUGAZ
COMO CHUVA DE VERÃO
O que mais eu recomendo
É que se viva o presente
Do futuro não entendo
Do bom Deus eu sou um crente
Pois o bem só Ele faz
Protegendo o cidadão
NOSSO VIVER É FUGAZ
COMO CHUVA DE VERÃO
Namorar também é bom
Massageia qualquer ego
Não grito nem perco o tom
Sou muito calmo não nego
Pra beber não sou capaz
Não ando na contramão
NOSSO VIVER É FUGAZ
COMO CHUVA DE VERÃO
Por isso que tenho duas
Uma loira outra morena
Andam sempre quase nuas
Mas uma teve gangrena
E fugiu com um rapaz
Uma grande decepção
NOSSO VIVER É FUGAZ
COMO CHUVA DE VERÃO
A loira muito sadia
Corrigiu sua postura
Deixando de ser vadia
Ficou nova criatura
Uma moça pertinaz
Que me adora de montão
NOSSO VIVER É FUGAZ
COMO CHUVA DE VERÃO
A mãe dela, todavia,
Gostava de paparico
Uma mulher bem sadia
Se me meto eu complico
Muito braba e voraz
Em qualquer ocasião
NOSSO VIVER É FUGAZ
COMO CHUVA DE VERÃO
Praticava a caridade
Do jeito que Deus mandou
Uma mulher sem maldade
Ao povo sempre ajudou
Da comida até o gás
Tempero, arroz e feijão
NOSSO VIVER É FUGAZ
COMO CHUVA DE VERÃO
E alegrava a vizinhança
De tão bonita que era
Isso de encher a pança
Limite nunca tivera
Só mesmo mulher tenaz
Ou de belo coração
Nosso viver é fugaz
Como chuva de verão
Amar aos outros também
Nos dias em que vivemos
Sempre nos fará tão bem
Inclusive isso podemos
Luto pra ser contumaz
Grito a todo pulmão
Um viver é tão fugaz
Só tal chuva de verão.
Ansilgus
29/06/17 12:02 - Miguel Jacó fez linda interação...muito grato:
Minha infância corrida,
habitei lá no sertão,
colhi muitas margaridas,
causei muitas sensações,
agora olho par trás,
vem estranha sensação,
NOSSO VIVER É FUGAZ,
COMO CHUVA DE VERÃO.
radicado no sudeste,
a mais de quarenta anos,
a vida já me investe,
de profundos desenganos,
porem o amor me trás,
o que a vida vem tomando,
NOSSO VIVER É FUGAZ,
COMO CHUVA DE VERÃO.
Bom dia poetas, parabéns a vocês pela desenvoltura que que
desenvolveram este irreverente mote, nesta impecável cadeia de
cordéis em oitavas, um abraço para ambos, MJ.
29/06/17 18:17 - Trovador das Alterosas
Ansilgus e Edílson versam
Tem os cordéis como metas,
Dão show quando se expressam
Estes nossos grandes poetas
Nem tente correr atras
Pelo o cordel em canção,
NOSSO VIVER É FUGAZ
COMO CHUVA DE VERÃO
E viva estes dois magos da escrita, meus
parabéns pelo brilhante trabalho. Um abraço poetas.
30/06/17 09:45 - Jacó Filho, grande Mestre, compareceu, muito grato.
Sempre que por aqui venho,
Aprendo um pouco mais...
Sinto o vosso empenho,
Por estilos originais...
Sabendo como se faz,
Ando com os pés no chão...
Nosso viver é fugaz/
Como chuva de verão...
Parabéns! E que Deus nos abençoe e nos ilumine... Sempre..