O SUMIÇO DO POETA BAIANO

Amigo poeta boto, eu já tô disisperada,
o sumiçu do Airam, tá dexandú eu preocupada.

Foi só "Marvadeza" morrê, pra criá essa situação,
tô achandu que u cumpadi, tá iscundendu argum "milhão".

Já mandei muita mensagi, inté fiz uma puesia,
mai o danadú du cumpadi, nem me deu nenhum "Bum dia".

Tô pensandu inté ligá, contatá argum delegadú,
recramá sobre u sumiçu, do nosso pueta amadu.

Na Usina ele num foi, faz tempão que num paréce,
us poetêru de lá, tomêm tão fazendu préce.

Poeta Boto eu lhe peço, ajude incontrá esse homê,
o que corre pur aí, é que ele virô lubisómi;
Que vortô a usá tamancu, e botô um Méga Hérr,
tá usandu mini-saia e correndu di mulher!

Aproveitu u inseju, pra prestá uma homenagi,
pra todos us papais queridu, que olharú essa mensagi,
seis pur mim já são amádu, podi oiá mais à vontadi.

POETA DA DOR

Eu também tô preocupado, cu sumiçu du baianu, perguntei pra minha amada, o que tava se passandu. 
Ela então me respondeu, que num sabe o paradêru, 
mas que já ouviu falá, que ele fugiu cum forastêru; 
e pra módi piorá, tá virandú cachacêru. 
E o que mais me preocupô, foi a úrtima cunfissão, 
que ele tá pintadu as unha cum ismarte vermeião. 


PEDRINHO GOLTARA/POETA BOTO

Poeta Boto na área, Atendendo seu pedido, Telefonou pro bom baiano, Que tá muito sofrido.
A sêca lá tá demais, Tô falando a verdade. Mas, Airam é cabra macho, Ainda ajuda na cidade.
Que tem eventos culturais, Pra toda faixa de idade. 
O Baiano vai voltar, Tenho certeza absoluta.
E quem não tem dentes, Ganhará mingau de araruta


MILLA PEREIRA

Mai Nossa Sinhora, cumadi! Intão o Baiano sumiu?
Bem que notei u cumpadi, meio PQP!
Mai eu tô agora pensâno, num jeitu de discubri, 
onde o Airão se meteu, com arguma muié pur aí.
Qui de bobo num tem nada, c'aquele jeitim de Minêro, 
qui nasceu bem nas Divisa, de Minas Gerais cum Bahia, 
a toda hora ele ia, visitá as boa vida, qui mora ali na saída, mai só ia disfarçado, pra ninguém vê o danado, entrâno lá no Putêro! 

CLARALUNA

Que judiaria é essa coceis tão me aprontano,
falano mar do cumpadi o meu poeta baiano.
Ele tá lá no sertão cuidano das bicharada,
carente de água doce na terra esturricada,
meu cumpadi é gente boa nun usa tamanco não,
e os canto que ele intoa enche a gente de emoção, vamo tudo refazê a cantiga do começo,
vamo chamá o cumpadi prum café que ofereço.
A Mira leva os bolinho junto cum a pão de queijo.
A milla cuida dos doce e o recebe cum beijo.
Meu poeta que é dotô vai cuidá da beberage.
O Pedrinho boto esperto,vai prestá a homenege,
um discurso bem bunito pru cumpadi recebê.
A Mira canta a ciranda até o amanhecê,
e assim vamo vortá a sê novamente seis,
vamos cantá intuado, é meu recado proceis.



MIRAH
Enviado por MIRAH em 11/08/2007
Reeditado em 12/08/2007
Código do texto: T602320