Violência no campo

Brasil terra de poucos

que não sustenta os filhos teus  

São as lagrimas que caem dos teus olhos

E não irrigam nenhuma plantação

pois a terra aqui sempre foi de poucos

movidos pela ganância e ambição

poucos são os donos dessa terra que tem muito  

e são  milhões que  agora não tem nada

até a vida que era única  já perdeu

É Brasil, terra de poucos

Que não sustenta os filhos teus  

É grande a matança que se segue

São vidas perdidas pelos caminhos

Nos confrontos nem um lado sai ganhando

E as famílias mais sofridas não se ergue

A fome é a certeza que se viu

Para a mãe Sobra o choro pelo filho que perdeu

E as lagrimas molha um rosto que um dia já sorriu

É Brasil, terra de poucos

Que não sustenta os filhos teus  

Corumbiara, colniza, Pau D´arco  Eldorado

Vidas ceifadas por um destino

Na busca por dias melhores

Pela brutal violência derrubados

Hoje o poeta triste rima meio louco  

palavras que demostre o sentimento seu

o descaso dessa pátria tão querida,  

seus filhos abandonados e vivendo no sufoco

Brasil, terra de poucos

Que não sustenta os filhos teus  

A fronteira de sobrevivência agora é a estrada

A lona preta é um lar sem aconchego

A saída é o certo, sem certeza da chegada

A segurança que se tem nessa terra é o medo

O despejo nessas bandas é constante

Desfaz a “casa” guarda a lona num instante

Pega aquilo que um dia te pertenceu

Nessa terra tão fértil, e tão gigante

Brasil, terra de poucos

Que não sustenta os filhos teus.             

             Luis da Silva  

Luis silva
Enviado por Luis silva em 28/05/2017
Reeditado em 29/05/2017
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