A grande ceia
Um certo dia Jesus estava ensinando
Quando der um banquete
Certamente você irá convidar
Os amigos mais chegados
Os parentes mais letrados
Os vizinhos abastados
Que com certeza esse convite
Eles retribuirão
E fará bem ao seu ego e coração
E Jesus continuou falando
Quando der um banquete
Sai por aí convidando
Os pobres, os aleijados
Os mancos e os cegos
Aqueles que não têm
Com que te recompensar
E Jesus continuou pacientemente
Explanando o sermão
E bem-aventurado será
Não nesse mundo fugaz
Onde tudo irá passar
Mas na ressurreição dos justos
Sua recompensa terá
E um galardão eterno receberá
Mas no meio da conversa
Surge um homem com boa intenção
Com um discurso eloquente
Que comove o coração
Feliz extremamente feliz
O que come desse pão
Mas Jesus não se comove
Com esse discurso intencional
Meio proposital
E continuou falando
Certo homem rico deu uma grande ceia
E os convidados estavam trabalhando
E cheio de compromissos o convite foi rejeitando
Mas diante de tanto desprezo
Ficou muito indignado
E pediu ao seu servo
Que trouxessem todos os marginalizados
E o servo obediente
Saiu depressa pelas ruas
E pelas comunidades
Convidando quem ele encontrasse
E em pouco tempo
Muita gente estranha foi chegando
Para participar do luxuoso jantar
Os pobres rejeitados
Os aleijados abandonados
Os mancos marginalizados
E até os cegos solitários
Mesmo que havia muitos convidados
Ainda havia muitas vagas
E o Senhor pediu ao servo
Que trouxesse muito mais
E o servo apressadamente
Saiu pelos caminhos
Pelas vielas e favelas
Pelas ruas e valados
E todos eram convidados
Para da ceia participarem
O convite foi feito a cada um
Para que viesse cear
E da vida eterna desfrutar
Num lugar idílico
Cheio de vida e paz
Onde não há morte, nem lágrimas
Nem desencanto, nem pranto
E todos os que conscientemente
O convite rejeitaram
E com descaso desprezaram
De fora ficarão
E tormentos eternos sofrerão
E jamais no banquete participarão