FLORES, A QUEM AS MERECE!
Por Gecílio Souza
Um gesto pode distinguir
Os humanos e os brutos
A cultura forma o perfil
Das crianças e dos adultos
A linguagem põe fronteiras
Entre eloquentes e matutos
O idioma se torna arma
Na boca dos homens cultos
Uma flor faz a diferença
Entre os nobres e os estultos
Os nobres a reverenciam
Os xucros lhe dirigem insultos
Flores não mudam o coração
Dos que se acham absolutos
Mais fácil elas embelezarem
O concreto dos viadutos
Os xucros só amam as flores
Para arrefecerem os seus lutos
Os Dórias estão carentes
Não de flores, mas de cultos
Os fantasmas da política
São assombrações e vultos
Grandes crânios sem miolos
Rompantes de fracos bustos
Hajam flores e jardins
Para desinfectar esses frutos
Flores são presentes ao amor
Não aos ódios irresolutos
Jardins aos trabalhadores!
Aos Dórias, seus próprios atributos!!!