VAQUEIRO NORDESTINO

VAQUEIRO NORDESTINO

Levanta bem cedinho, o cabra da moléstia,

O homem, o vaqueiro,

A caatinga precisa adentrar,

Em busca do boi, que fugiu do curral,

O cuscuz já tá pronto,

Pra seu café tomar,

Seja com doce ou sal,

Acompanhado do ovo frito,

Ou da carne de sol,

Para o estômago forrar,

Sou do nordeste,

Cabra da peste,

Sou do sertão,

Com o meu gibão

E o cavalo alazão,

Atrás do meu boi,

Ninguém me pega, não... Viu.

Embrenhado na caatinga,

Dos paus secos retorcidos,

Para duramente o rosto rasgar.

Ouço bem longe a cigarra cantar,

A coruja piar...

O cachorro ganir...

E o boi pego aqui,

Pego acolá.

E o cabra da peste vaqueiro valente,

Continua lá. Visse...

Bonitas histórias que o homem,

Do nordeste tem pra contar!

Maroli Badaro
Enviado por Maroli Badaro em 26/04/2017
Reeditado em 28/08/2019
Código do texto: T5982107
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