VAQUEIRO NORDESTINO
VAQUEIRO NORDESTINO
Levanta bem cedinho, o cabra da moléstia,
O homem, o vaqueiro,
A caatinga precisa adentrar,
Em busca do boi, que fugiu do curral,
O cuscuz já tá pronto,
Pra seu café tomar,
Seja com doce ou sal,
Acompanhado do ovo frito,
Ou da carne de sol,
Para o estômago forrar,
Sou do nordeste,
Cabra da peste,
Sou do sertão,
Com o meu gibão
E o cavalo alazão,
Atrás do meu boi,
Ninguém me pega, não... Viu.
Embrenhado na caatinga,
Dos paus secos retorcidos,
Para duramente o rosto rasgar.
Ouço bem longe a cigarra cantar,
A coruja piar...
O cachorro ganir...
E o boi pego aqui,
Pego acolá.
E o cabra da peste vaqueiro valente,
Continua lá. Visse...
Bonitas histórias que o homem,
Do nordeste tem pra contar!