CONVITE ESPECIAL PARA UMA PESCARIA

Interação ao esmerado cordel PESCARIA, do poeta UM PIAUIENSE

ARMENGADOR DE VERSOS.

Convidada pra uma pescaria,

Aceitei, mas com uma condição;

Que o famoso "peixeiro" ora em questão,

Provasse a todos, a sua maestria,

Findou a noite, e nada acontecia;

Peixe algum; por ali anunciava,

Aperreou-se e seu crânio esmiuçava,

Para dar provas do real valor,

Mas um fato ocorreu; ele lembrou,

Nem tarrafa levou! Noite avançava...

Mas pouco a pouco sua sorte sorria,

Deixou de ser mais um pobre falante,

Naquela hora, naquele mesmo instante,

Viu os peixes, que há tempo não os via,

E enquanto eu cantava, a lua saía;

Sob o som do violão, Paraguassú,

Viu Garcia recitar, "poema azul"

Num cenário que a todos alegrava,

Cada peixe, pra perto se achegava...!

Atraídos com o som, o peixe Pacú,

Chegou bem perto, e os outros acompanharam:

Piau-três-pintas, truta e lambari,

Apapá, andirá, apaiari,

Outros mais, muito mais se achegaram;

Um por um na panela se apinharam:

Candiru, jurupoca e um pintado,

Limpa-fundo, mandi, peixe barbado,

Matrinchã, manjubinhas, poraquê;

Outros tantos que a lista fez crescer,

Jereré, totalmente abarrotado;

Não cabia mais nada, agora então,

Festejar com as bebidas e tira-gosto;

Enfim, todos com um sorriso no rosto,

Aplaudiam; felizes de emoção,

E entoavam um louvor de coração,

A Deus Pai, pela grande pescaria,

E ao seu Filho, e também sua mãe Maria!

Todos nós, encantados com "o feito"...

Com efeito, foi tudo ali, perfeito;

Pescaria assim... Só Mozá faria!

(AILA BRITO)

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CONFIRAM O TRABALHO ORIGINAL!

- PRIMOROSA OBRA -

Fui convidado pra uma pescaria,

Nos rios Parnaíba e Uruçuí,

Divisa Maranhão com Piauí,

Num remanso que eu não conhecia,

Quando cheguei a noite já corria,

Não levei molinete, anzol, tarrafa,

Mas sessenta cervejas de garrafa,

Dez de pinga da roça e tira-gosto,

Para ninguém passar qualquer desgosto,

Para afastar murrinha e a estafa.

Sem lanterna, candeia ou lampião,

Sem canoa, jangada ou barco à vela,

Nunca vi pescaria como aquela,

E ainda sem disposição,

Eu queria pescar, o corpo não,

Sofrendo sob o olhar de Ana Maria,

Que sonhava com outra pescaria,

Fisgando perereca com minhoca,

Só nós dois no Porto da Taboca,

Lugar bem raso e água menos fria.

Foi quando me lembrei desse legado,

De não passar vergonha na porfia,

Ainda assim consegui o que queria,

Peguei duzentos quilos de barbado,

Corvina, Matrinchã, Piau, Pintado,

Curimatás, Piranhas, Mandubés,

Tilápias, Mandis, Tucunarés,

Branquinhas, Surubins, Pirarucu,

Cachorras, Manjubinhas e Pacus,

E outra que não sei se é peixe ou mulher.

De posse de um pequeno jereré,

Peguei dez arrobas de piabas,

Siri Patola e dez Piramutabas,

Ainda me escapou um jacaré,

À unha agarrei um tucunaré,

Paraguassú sorria ao violão,

Aila Brito cantava uma canção,

Feito numa excelente parceria,

Deles com o trovador Jota Garcia,

Tudo sob o luar de meu sertão.

Ainda peguei quinze capivaras,

Que iam à correnteza por descuido,

Arraia, Baiacu, Truta, Cascudo,

Botei-os num cercado de taquaras...

San Cardos e Raquel num pau de araras,

Pra comer Namorados, Guaiamum,

Lambaris, Poraquê, Jau, Mussum,

Sardinhas, Camarão, Bicuda, Uçás,

Joguei n’água as Piabas e Acarás...

Pescar assim não é pra qualquer um!

(UM PIAUIENSE ARMENGADOR DE VERSOS)

P.S - NÃO! PESCAR ASSIM, NÃO É PARA QUALQUER UM!

GRATA PELA PESCARIA, MOZÁ!

ATÉ A PRÓXIMA RSS!

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Bela interação do poeta GEORGE GIMENES. Grata!

No Piauí, é uma "coisa", a pescaria

(Diferente da terra minha, Itu,

Que invés de minhoca se usa urutu):

Lá, a isca é o som de cantoria,

Do repente, cordel e poesia;

Pescador lá não tem que ser doutor,

Carece que se atreva ser cantor,

Possuir também sensibilidade,

Imaginação, criatividade,

Enfim, de versos ser armengador!

São bem vindos amigos de onde for:

Do Arroio ao Chuí, Foz do Iguaçu,

Até estrangeiro de Catmandu

Que tragam puçá e muito fervor

Mas sem acepção de credo ou de cor;

Tampouco importa sua faixa etária,

Basta vestida a justa indumentária -

O que conta mesmo é a amizade,

Camaradagem e sinceridade,

Se bem que ajuda ser veterinária.

Parabens, Aila e Moza', pelas estupendas composicões! Abraços...

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Bela interação do poeta PACO. Grata!

(Carvão-de-pedra)

Pescada assada na pedra...

Vai pro bucho - alimentar;

Se faltar carvão-de-pedra...

No isqueiro vou esquentar!

E, se der p'ra acrescentar

U'a garoupa e u'a matrinxã...

- Pode até experimentar,

Mas não deixe p'ra manhã!

Se não der p'ra aferventar

- Neste imenso caldeirão...

Certamente, vou cuidar -

Do pão co'o manjericão...

E deixá-la degustar... -

Meu peixe assar no fogão!

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Interação do poeta e conterrâneo JOSÉ PARAGUASSÚ; o qual

também participou da pescaria.

Que orgulho de ser conterrâneo de dois grandes talentos.

Que pescam com versos e prosa no maior encantamento.

E ainda colocaram-me no meio, pra servir de prova com o tempo.

Pois histórias de pescarias nem uma tem fundamento.

Eu soube de um pescador! Que no anzol já pescou, até um jumento.

Mas essa pescaria, é de alegria e felicidade,

se não pegar peixe, mas reforça a amizade.

E aos grande amigos Aila e Mozá mando um grande abraço de

felicidade.

(Obrigada, amigo!)

Aila Brito
Enviado por Aila Brito em 24/04/2017
Reeditado em 13/11/2017
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