O melhor vinho
(o melhor vinho)
Na última noite da feira
Nada estando programado
Anastácia comprovou
De sua vó um ditado
Que quem acha nunca rouba
Achado não é roubado
E um vinho delicioso
Achado embaixo da mesa
Fez da noite de Anastácia
Uma noite de princesa
Bebendo a noite toda
Até um pouco surpreza
Pois descobriu nesta noite
Que dinheiro não é tudo
E que há grande diferença
Entre litro e conteúdo
O litro é o que ta fora
E por isso não me iludo
Quem proteje muito a casca
Esquece o essencial
Aí entra o Eduardo
Um carinha até legal
Que protegendo seu litro
De repente se deu mal
Ele só preocupou-se
Com o índio,o coitado
Esquecendo a Anastácia
Que estava a seu lado
Desejando aquele vinho
Com o olho arregalado
Ela foi incentivada
A abrir devagarinho
Tomar todo o conteúdo
E devolver o litrinho
Para que o Eduardo
Se recordasse do vinho
Ele tentou demonstrar
Alguma irritação
Mas o seu sorriso largo
Traiu o seu coração
Deixando muito bem claro
Que já era o “litão”
Anastácia decidiu
Acabar a brincadeira
Vai visitar uma adega
E provar que é besteira
Pensar que litro é vinho
Só se for em uma feira
E u lhe digo e repito
Se conforme camarada
Pois na rima da Anastácia
O vinho se tornou piada
A solução pra você
É ficar dando risada