O melhor vinho

(o melhor vinho)

Na última noite da feira

Nada estando programado

Anastácia comprovou

De sua vó um ditado

Que quem acha nunca rouba

Achado não é roubado

E um vinho delicioso

Achado embaixo da mesa

Fez da noite de Anastácia

Uma noite de princesa

Bebendo a noite toda

Até um pouco surpreza

Pois descobriu nesta noite

Que dinheiro não é tudo

E que há grande diferença

Entre litro e conteúdo

O litro é o que ta fora

E por isso não me iludo

Quem proteje muito a casca

Esquece o essencial

Aí entra o Eduardo

Um carinha até legal

Que protegendo seu litro

De repente se deu mal

Ele só preocupou-se

Com o índio,o coitado

Esquecendo a Anastácia

Que estava a seu lado

Desejando aquele vinho

Com o olho arregalado

Ela foi incentivada

A abrir devagarinho

Tomar todo o conteúdo

E devolver o litrinho

Para que o Eduardo

Se recordasse do vinho

Ele tentou demonstrar

Alguma irritação

Mas o seu sorriso largo

Traiu o seu coração

Deixando muito bem claro

Que já era o “litão”

Anastácia decidiu

Acabar a brincadeira

Vai visitar uma adega

E provar que é besteira

Pensar que litro é vinho

Só se for em uma feira

E u lhe digo e repito

Se conforme camarada

Pois na rima da Anastácia

O vinho se tornou piada

A solução pra você

É ficar dando risada

Anastácia
Enviado por Anastácia em 08/08/2007
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