COLIMANDO não sofrer desilusão
Busquei no dicionário entendimentos
Pra fugir da possível confusão.
Escolhi um ENTRECHO interessante
Meia dúzia de palavras ali na hora
Parecia muito mais do que bastante.
Evitando o raciocínio CALCETAR
ERODINDO os tropeços da parada
Procurando as palavras decifrar.
Muita coisa eu tive que DERRISCAR,
Meu Poeta tu és mesmo uma loucura
DERRELITO o direito de buscar.
Com Houaiss encontrei a solução,
ESMIRRADA, SOTOPUS minha agonia,
Nos SOMENOS que envolviam a questão.
CALCITRANDO o que querias ocultar,
AUFERINDO AS MENSURAS do amor desesperado
ABRASAS a umidade que estavam a ti incomodar.
ESCANZURRADA eu fiquei da trabalheira,
O glossário ficará no coração
Desta fã que também é USINEIRA.
Que MACACOA pra fugir da obrigação,
Não há como ser com ela indulgente,
É melhor ERODIR a relação.
É um grande e divertido gozador
Jogando desta maneira correta
Acabam os desencontros de amor.
Em homenagem a um poeta querido, Usineiro de coração, Balsa Melo, dono de uma maneira muito própria de se expressar. A propósito, meu marido diz que o poeta em questão, é um grande colaborador da linguagem, pois obriga o leitor a buscar no dicionário o significado de muitas expressões por ele usadas.
Parabéns pelo lançamento do teu livro, FALÊNCIA DO PLURAL, sobre o qual já escrevi lá na Usina de Letras.
Abraços sinceros,