NA MÉTRICA

GARNIZÉ CAIPIRA


Galinha desmiolada
Sempre acordava no talo,
Destratava a galinhada
Brigava desaforada
Eu que sou a franga do galo.
E topo qualquer parada

Mas a coisa complicou
Pulou a franga garnizé
Fraca franga se eriçou
Eu vou fazer um banzé
As penas arrepiou
Diz: do galo sou mulé.

Para mim franga não estrila
Ocê num vem que num tem,
Tá é querendo zic zila.
Chamar meu galo de bem
Chegando agora na vila
Se quiser entra na fila.

Galinha não era babaca,
Disse vou  deixar de zoeira,
Esta nizé não é fraca
Dizem que luta capoeira
Briga de bico e de faca...
Você pode ser primeira.

Galo diz fez fuzuê,
Está se achando bonita?
Fim da fila e sem tetê
Aqui beleza não apita
Se der, tiro uma em você,
Mas nizé é favorita.


Gente a caipira está com moral com o rei do terreiro,
ou será que ele tem é medo dela?





Rica interação do compadre e mestre Miguel Jacó obrigado poeta.

O galo é um bom gestor,
não vai criar caso a toa,
Ao levar tudo numa boa,
garante o seu bem estár,
e vai poder continuar,
com mais de uma patroa.



Mestre Jacó Filho deixou um mimo nesta interação que é a forma que ele tem para prestigiar a todos nós do Recanto, Obrigado mestre.

O galo é quem escolhe,
Qual a primeira da fila.
Está na chuva, se molhe,
Seja caipira ou filha...





Mestra Michaela deixou este mimo e a página vai ficando mais bela. Obrigado poetisa,.



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22/05/2017 06:58 - 
Michaela Iacoe

Arrumar briga pra quê
Se ele pode ter todas
Pensa o galo: garnizé
Sente falta do meu talo. 

Para o texto: 
GARNIZÉ CAIPIRA (T5962241)




 
Trovador das Alterosas
Enviado por Trovador das Alterosas em 05/04/2017
Reeditado em 12/02/2021
Código do texto: T5962241
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